Frágeis nuvens em missão demais ingrata
Lançam manto sobre estrelas imponentes
A firmeza desses astros reluzentes
Fere a sanha recebida... Fulge a prata
Rechaçados sem demora tais rompantes
Uma saga breve e tênue se completa
Lacerados pela linda e forte seta
Vis escudos se dissipam em instantes
Por queimados pelo brilho inexorável
A medida mais sensata, inevitável:
Guarda baixa e seu fatal recolhimento
Claridade vem à tona, imprescindível
Emoção a tomar conta, indefinível
Dos recantos dum ditoso firmamento
_____________________________________
Soneto dedicado a um grande parceiro das letras, AARÃO FILHO.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
É NATAL
O coração qual manjedoura se afigura
É fausto leito do singelo nascimento
Palco da cena difusora de candura
Quanta alegria proporciona lindo evento!
Dentro do peito fulge, intensa, um'almenara
Raia Jesus, o Filho amado, Sacrossanto
Nobre alimento, sua força tudo sara
Encerra paz... Oh, maravilha de acalanto!
Ele irradia plena luz que refrigera
Zeloso guia, sentinela sempre pronto
Não há com Cristo desamparo, vã espera
Bravo parceiro na batalha, no confronto
Em nosso espírito, sorriso singular
É Deus Menino sua Graça a espalhar
É fausto leito do singelo nascimento
Palco da cena difusora de candura
Quanta alegria proporciona lindo evento!
Dentro do peito fulge, intensa, um'almenara
Raia Jesus, o Filho amado, Sacrossanto
Nobre alimento, sua força tudo sara
Encerra paz... Oh, maravilha de acalanto!
Ele irradia plena luz que refrigera
Zeloso guia, sentinela sempre pronto
Não há com Cristo desamparo, vã espera
Bravo parceiro na batalha, no confronto
Em nosso espírito, sorriso singular
É Deus Menino sua Graça a espalhar
NATAL
Nascimento alvissareiro
Alegrou o mundo inteiro
Trouxe para aos corações
Amor, paz aos borbotões
Louvemos Jesus, luzeiro
Alegrou o mundo inteiro
Trouxe para aos corações
Amor, paz aos borbotões
Louvemos Jesus, luzeiro
sábado, 18 de dezembro de 2010
MEU BÁLSAMO
Fizeste de minh'alma alegre presa
Soprando no juízo tua brisa
Meu corpo docilizas com destreza
Teu mágico elixir me balsamiza
Incitas meu querer, perfeita rosa
Exalas sedução sem par, profusa
O feixe da fragrância esplendorosa
Invade arrasador, o peito acusa
Ao pálido jardim trouxeste cores
Aos campos inodoros teus olores
Oh, fada dos meus sonhos, divinal
A marca desse aroma não retires
Não posso estar liberto dos sentires
São fontes de prazer descomunal
Soprando no juízo tua brisa
Meu corpo docilizas com destreza
Teu mágico elixir me balsamiza
Incitas meu querer, perfeita rosa
Exalas sedução sem par, profusa
O feixe da fragrância esplendorosa
Invade arrasador, o peito acusa
Ao pálido jardim trouxeste cores
Aos campos inodoros teus olores
Oh, fada dos meus sonhos, divinal
A marca desse aroma não retires
Não posso estar liberto dos sentires
São fontes de prazer descomunal
O PADRE E O BÊBADO
No coletivo, o padre senta bem ao lado
Do camarada muito bêbado e "pra frente"
O sacerdote é perguntado, de repente:
"O senhor sabe o que é artrite, meu prezado?"
Querendo dar uma lição no cachaceiro
O padre fala: "isso é doença provocada
Pelo alcoolismo e pela vida desregrada
Aflige quem fica no bar o dia inteiro"
Logo depois, grande remorso acaba tendo
Achando duro seu discurso, o reverendo
Indaga o cara: "Há quanto tempo tem o mal?"
Eis a resposta do pinguço, um tanto séria:
"Não sofro disso, apenas li uma matéria
Esse problema o bispo tem, diz o jornal"
___________________________________
Adaptação de piada
Do camarada muito bêbado e "pra frente"
O sacerdote é perguntado, de repente:
"O senhor sabe o que é artrite, meu prezado?"
Querendo dar uma lição no cachaceiro
O padre fala: "isso é doença provocada
Pelo alcoolismo e pela vida desregrada
Aflige quem fica no bar o dia inteiro"
Logo depois, grande remorso acaba tendo
Achando duro seu discurso, o reverendo
Indaga o cara: "Há quanto tempo tem o mal?"
Eis a resposta do pinguço, um tanto séria:
"Não sofro disso, apenas li uma matéria
Esse problema o bispo tem, diz o jornal"
___________________________________
Adaptação de piada
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
SEGREDOS
Meus sentires reprimidos descortino
Olhos fulgem revelando tais segredos
Na meiguice da princesa sou menino
Verto enleio nos sinais deveras ledos
Chego às raias do torpor feito vesano
São clamores aclarados, mui agudos
Arrepio a me tomar... Querer mundano!
Os desejos tinha ocultos, quedos, mudos
Sedução irresistível, explosiva
Emergiu neste momento, doce diva
Refestelo-me, feliz, em bela senda
O sonhar, outrora opaco, surge flavo
Nessa boca encantadora, imane favo
Vou fazer eternamente uma vivenda
Olhos fulgem revelando tais segredos
Na meiguice da princesa sou menino
Verto enleio nos sinais deveras ledos
Chego às raias do torpor feito vesano
São clamores aclarados, mui agudos
Arrepio a me tomar... Querer mundano!
Os desejos tinha ocultos, quedos, mudos
Sedução irresistível, explosiva
Emergiu neste momento, doce diva
Refestelo-me, feliz, em bela senda
O sonhar, outrora opaco, surge flavo
Nessa boca encantadora, imane favo
Vou fazer eternamente uma vivenda
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
DO INFERNO À GLÓRIA
Do abismo contemplamos os portais
Inferno se pintava em cores vivas
Jornadas todas tensas, aflitivas
Os erros? Não podíamos ter mais
Correntes se alastraram, positivas
Em vozes vigorosas, passionais
Torcida apronta festas magistrais
Porquanto eram partidas decisivas
O quadro aterrador foi revertido
Tivemos o propósito cumprido
Elite garantida com primor
No fim da bela saga uma vitória
Deixado o lodaçal, chegou a glória
Celebra intensamente o Tricolor
Inferno se pintava em cores vivas
Jornadas todas tensas, aflitivas
Os erros? Não podíamos ter mais
Correntes se alastraram, positivas
Em vozes vigorosas, passionais
Torcida apronta festas magistrais
Porquanto eram partidas decisivas
O quadro aterrador foi revertido
Tivemos o propósito cumprido
Elite garantida com primor
No fim da bela saga uma vitória
Deixado o lodaçal, chegou a glória
Celebra intensamente o Tricolor
VIVA O CAMPEÃO
No rastro dos guerreiros sangue e luta
As lanças de coragem revestidas
Quão linda, irretocável a conduta
Vitórias bravamente construídas
Na gênese de tudo uma arrancada
Milagre tricolor emocionante
Com lágrimas e festa coroada
No título da equipe triunfante
Os tons de galhardia e majestade
Orgulho duma massa ensandecida
Tremulam no mais belo pavilhão
Imersa em singular felicidade
Bem alto se declara essa torcida;
FELIZ, CANTO MEU TIME CAMPEÃO!!!
As lanças de coragem revestidas
Quão linda, irretocável a conduta
Vitórias bravamente construídas
Na gênese de tudo uma arrancada
Milagre tricolor emocionante
Com lágrimas e festa coroada
No título da equipe triunfante
Os tons de galhardia e majestade
Orgulho duma massa ensandecida
Tremulam no mais belo pavilhão
Imersa em singular felicidade
Bem alto se declara essa torcida;
FELIZ, CANTO MEU TIME CAMPEÃO!!!
ALEGRIA TRICOLOR: FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO/2010
Pro sentir do torcedor
Não procure explicação
Mesmo tese de doutor
Não decifra essa paixão
Bom latino, o brasileiro
Vibra, pula o tempo inteiro
Nas arenas do país
Gramados Brasil afora
Canta, xinga, ri e chora
Ora triste, ora feliz
Não pode ser diferente
Para o tricolor, portanto
Exibe orgulhosamente
As cores do lindo manto
O seu clube secular
Tem história singular
Recheada de emoções
Inferno foi conhecido
Mas várias vezes ouvido
O grito de campeões
Apoio incondicional
Tem sido marca bonita
Essa torcida leal
Sempre diz que acredita
Provou amargor imenso
Naquele infausto descenso
Depois do qual o Parreira
Se demonstrou importante
Inspirado comandante
Daquela equipe guerreira
Foi esse Carlos Alberto
Que nos conduziu à glória
Oitenta e quatro, estou certo
Não me sai mais da memória
No certame principal
Deste país tropical
A taça foi levantada
Por Assis e companhia
Explodiu em alegria
A galera emocionada
De setenta, amigos, trato
Foi uma festa estrondosa
Ganhamos o campeonato
Roberto Gomes Pedrosa
Falta reconhecimento
Da CBF, lamento
Mas o peso ninguém tira
A dita Taça de Prata
O Fluminense arrebata
A bela nação delira
No ano passado o time
Fez algo espetacular
De batalhar não se exime
Na elite quis ficar
Os torcedores fanáticos
Não ouviram matemáticos
Projeções e estatística
No milagre da arrancada
Ficou de novo cravada
Nossa conhecida mística
Vinte e seis anos de espera
Montamos um esquadrão
Para ver toda a galera
Vibrar no Brasileirão
Foram vinte e três rodadas
Pela turma lideradas
Mas a peleja foi dura
Vitórias tivemos vinte
Ainda digo o seguinte:
Melhor defesa, segura
Os desfalques foram vários
Contudo, nossos suplentes
Por bastante necessários
Se mostraram competentes
Para oponentes de porte
Foi preciso elenco forte
E um grande treinador
Nosso Muricy Ramalho
Teve brilho no trabalho
Por isso é merecedor
Todo mundo teve parte
Na caminhada do tri
De ninguém se faz descarte
Não vou fazer isso aqui
Porém, vão ficar na bronca
Caso não fale do Conca
O nosso grande regente
Foi presença garantida
Em tudo quanto é partida
Eita argentino valente!
Desfilo felicidade
Nas linhas que apresento
Sem ter imparcialidade
Eis o meu contentamento
Desde quando era menino
Onze anos, pequenino
Que este porto-velhense
Tinha um grito na clausura
Agora não mais segura
A taça é do Fluminense
Não procure explicação
Mesmo tese de doutor
Não decifra essa paixão
Bom latino, o brasileiro
Vibra, pula o tempo inteiro
Nas arenas do país
Gramados Brasil afora
Canta, xinga, ri e chora
Ora triste, ora feliz
Não pode ser diferente
Para o tricolor, portanto
Exibe orgulhosamente
As cores do lindo manto
O seu clube secular
Tem história singular
Recheada de emoções
Inferno foi conhecido
Mas várias vezes ouvido
O grito de campeões
Apoio incondicional
Tem sido marca bonita
Essa torcida leal
Sempre diz que acredita
Provou amargor imenso
Naquele infausto descenso
Depois do qual o Parreira
Se demonstrou importante
Inspirado comandante
Daquela equipe guerreira
Foi esse Carlos Alberto
Que nos conduziu à glória
Oitenta e quatro, estou certo
Não me sai mais da memória
No certame principal
Deste país tropical
A taça foi levantada
Por Assis e companhia
Explodiu em alegria
A galera emocionada
De setenta, amigos, trato
Foi uma festa estrondosa
Ganhamos o campeonato
Roberto Gomes Pedrosa
Falta reconhecimento
Da CBF, lamento
Mas o peso ninguém tira
A dita Taça de Prata
O Fluminense arrebata
A bela nação delira
No ano passado o time
Fez algo espetacular
De batalhar não se exime
Na elite quis ficar
Os torcedores fanáticos
Não ouviram matemáticos
Projeções e estatística
No milagre da arrancada
Ficou de novo cravada
Nossa conhecida mística
Vinte e seis anos de espera
Montamos um esquadrão
Para ver toda a galera
Vibrar no Brasileirão
Foram vinte e três rodadas
Pela turma lideradas
Mas a peleja foi dura
Vitórias tivemos vinte
Ainda digo o seguinte:
Melhor defesa, segura
Os desfalques foram vários
Contudo, nossos suplentes
Por bastante necessários
Se mostraram competentes
Para oponentes de porte
Foi preciso elenco forte
E um grande treinador
Nosso Muricy Ramalho
Teve brilho no trabalho
Por isso é merecedor
Todo mundo teve parte
Na caminhada do tri
De ninguém se faz descarte
Não vou fazer isso aqui
Porém, vão ficar na bronca
Caso não fale do Conca
O nosso grande regente
Foi presença garantida
Em tudo quanto é partida
Eita argentino valente!
Desfilo felicidade
Nas linhas que apresento
Sem ter imparcialidade
Eis o meu contentamento
Desde quando era menino
Onze anos, pequenino
Que este porto-velhense
Tinha um grito na clausura
Agora não mais segura
A taça é do Fluminense
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
SEM RECATO
Chegaste desprovida de recato
Trazendo teus sussurros em oferta
Minh'alma revelada, descoberta
Celebra, degustando fino prato
Da cela dos sorrisos deste vate
Garbosa e sedutora abriste a porta
Outrora esmaecidos, tela morta
Fizeste dos sonhares o resgate
Em mim, nas remotíssimas paragens
Despontam as recônditas imagens
Pedindo teu carinho, esse pincel
Na face tens deveras duas luzes
Guiando lindas mãos com que produzes
Um mundo refulgente, meu laurel
Trazendo teus sussurros em oferta
Minh'alma revelada, descoberta
Celebra, degustando fino prato
Da cela dos sorrisos deste vate
Garbosa e sedutora abriste a porta
Outrora esmaecidos, tela morta
Fizeste dos sonhares o resgate
Em mim, nas remotíssimas paragens
Despontam as recônditas imagens
Pedindo teu carinho, esse pincel
Na face tens deveras duas luzes
Guiando lindas mãos com que produzes
Um mundo refulgente, meu laurel
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
NOSTALGIA
No coração adocicado há nostalgia
Viva ternura dos encontros vesperais
Ledos olhares, incessantes madrigais
Quão maviosas são as cores doutro dia
Brisa na face, teto anil, ipês floridos
Sofreguidão nos lábios tímidos e faltos
Ansiedade pelos mágicos, mui lautos
Mananciais dos sentimentos reprimidos
Daquelas tardes inda hoje me enamoro
Luz no sorriso, singular cumplicidade
Eternizei na galeria da saudade
Sou regozijo a cada vez que rememoro
Esplendorosa, nossa história cinge, enfim
Singelas letras a brotar dentro de mim
Viva ternura dos encontros vesperais
Ledos olhares, incessantes madrigais
Quão maviosas são as cores doutro dia
Brisa na face, teto anil, ipês floridos
Sofreguidão nos lábios tímidos e faltos
Ansiedade pelos mágicos, mui lautos
Mananciais dos sentimentos reprimidos
Daquelas tardes inda hoje me enamoro
Luz no sorriso, singular cumplicidade
Eternizei na galeria da saudade
Sou regozijo a cada vez que rememoro
Esplendorosa, nossa história cinge, enfim
Singelas letras a brotar dentro de mim
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
AMBIGUIDADE
Por entre mistérios a pena vagueia
Em cada recanto descobre jazidas
Profusas belezas emanam luzidas
São cores e lumes jorrando da veia
Quão ricos cenários, deleito-me lasso
As letras se alegram, sorri o meu estro
Do verso em concerto teu brilho é maestro
Ambíguos sentires... Sou puro e devasso!
Formosa princesa, motivas o bardo
Seduzes mesclando fulgor e inocência
Nas curvas fatais e na cândida essência
Destarte, contente te exalto... Não tardo!
Palavras derivam do raro esplendor
Com que tu tingiste estas linhas, amor
Em cada recanto descobre jazidas
Profusas belezas emanam luzidas
São cores e lumes jorrando da veia
Quão ricos cenários, deleito-me lasso
As letras se alegram, sorri o meu estro
Do verso em concerto teu brilho é maestro
Ambíguos sentires... Sou puro e devasso!
Formosa princesa, motivas o bardo
Seduzes mesclando fulgor e inocência
Nas curvas fatais e na cândida essência
Destarte, contente te exalto... Não tardo!
Palavras derivam do raro esplendor
Com que tu tingiste estas linhas, amor
terça-feira, 23 de novembro de 2010
AUDACIOSA
O torpor de engenhosa carícia
Dos meus olhos as nuvens desfaz
Esse toque frenético, edaz
Que fascínio, gostosa perícia!
Como quero o calor dessa audácia
O carinho enlaçando a cerviz
Bem assim os sussurros sutis
Pra minh'alma elixir de eficácia
Pura seda, arrebata-me o siso
Meu pensar viajante, impreciso
É refém da leveza da tez
Na viveza constante me aprazo
Tu fizeste mais fausto o parnaso
Sou brinquedo da tua avidez
Dos meus olhos as nuvens desfaz
Esse toque frenético, edaz
Que fascínio, gostosa perícia!
Como quero o calor dessa audácia
O carinho enlaçando a cerviz
Bem assim os sussurros sutis
Pra minh'alma elixir de eficácia
Pura seda, arrebata-me o siso
Meu pensar viajante, impreciso
É refém da leveza da tez
Na viveza constante me aprazo
Tu fizeste mais fausto o parnaso
Sou brinquedo da tua avidez
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
MEU FAROL
Desperto sob a luz dos teus afagos
Aromas entorpecem meus sentidos
Em doses generosas são servidos
Voraz, meu coração se farta em tragos
Infausto pranto e dor pus em jazigos
Logrei deste jardim ver extirpados
Estão no esquecimento sepultados
Nos beijos doravante tenho abrigos
A cada alvorecer vejo mais bela
Vereda colorida em que cintila
Não canso, minha estrela, de exaltá-la
O brado da querença logo cala
A brisa desse amor em mim sibila
Na doce e terna cena feito tela
Aromas entorpecem meus sentidos
Em doses generosas são servidos
Voraz, meu coração se farta em tragos
Infausto pranto e dor pus em jazigos
Logrei deste jardim ver extirpados
Estão no esquecimento sepultados
Nos beijos doravante tenho abrigos
A cada alvorecer vejo mais bela
Vereda colorida em que cintila
Não canso, minha estrela, de exaltá-la
O brado da querença logo cala
A brisa desse amor em mim sibila
Na doce e terna cena feito tela
terça-feira, 16 de novembro de 2010
MORREU DE ESTILINGADA...
A viuvinha, triste, choraminga
Sobre o caixão do amado, falecido:
"Qual passarinho foi-se o meu marido"
Eis que lhe ouve um bebedor de pinga
Logo em seguida, chega no recinto
Outro sujeito cheio da manguaça
Pergunta ao seu confrade de cachaça:
"Como morreu esse senhor distinto?"
O pé-de-cana que adentrou primeiro
Do qu'escutou já se lembrou de pronto
Foi prestativo c'o seu camarada:
"Eu vou dizer para você, parceiro
E não duvide do que agora conto
Segundo a dama, foi de estilingada"
Sobre o caixão do amado, falecido:
"Qual passarinho foi-se o meu marido"
Eis que lhe ouve um bebedor de pinga
Logo em seguida, chega no recinto
Outro sujeito cheio da manguaça
Pergunta ao seu confrade de cachaça:
"Como morreu esse senhor distinto?"
O pé-de-cana que adentrou primeiro
Do qu'escutou já se lembrou de pronto
Foi prestativo c'o seu camarada:
"Eu vou dizer para você, parceiro
E não duvide do que agora conto
Segundo a dama, foi de estilingada"
CANÇÃO DO ETÍLICO
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Com a conta não me venham
Pois aqui eu vou ficar
As caninhas, vou bebê-las
Aprecio seus sabores
Ponham cá uma bebida
Seja rum, vinhos, licores
S'eu deixar fiado, anotem
Dia desses vou pagar
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Tira-gosto, meus senhores
Por favor, vão preparar
S'eu deixar fiado, anotem
Dia desses vou pagar
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Não me peçam que eu corra
Estes copos vou secar
Eu falei para os senhores
Meu negócio é entornar
Mesmo com a saideira
Não arredo deste bar
* Paródia do poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias.
Eu arredo deste bar
Com a conta não me venham
Pois aqui eu vou ficar
As caninhas, vou bebê-las
Aprecio seus sabores
Ponham cá uma bebida
Seja rum, vinhos, licores
S'eu deixar fiado, anotem
Dia desses vou pagar
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Tira-gosto, meus senhores
Por favor, vão preparar
S'eu deixar fiado, anotem
Dia desses vou pagar
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Não me peçam que eu corra
Estes copos vou secar
Eu falei para os senhores
Meu negócio é entornar
Mesmo com a saideira
Não arredo deste bar
* Paródia do poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias.
SONETO DA INFIDELIDADE
Tu trazes um pavor, muito tormento
Vesga, cheia de pelo, o meu espanto
Te ver me tira a fome enquanto janto
E quando estás na sala eu nem me sento
Não queiras lá na praça um cumprimento
Até que sou bonzinho, mas não santo
Pra rua, só te levo sob um manto
Porque se te mostrar... Constrangimento
Não há neste mundão alguém que ature
E nisso aí me enquadro, inclusive
Pior é me deitar na mesma cama
Não gastes teu 'dindin' com detetive
Pois eu vou te falar: tenh'outra dama
Feiura terminal não há quem cure
Vesga, cheia de pelo, o meu espanto
Te ver me tira a fome enquanto janto
E quando estás na sala eu nem me sento
Não queiras lá na praça um cumprimento
Até que sou bonzinho, mas não santo
Pra rua, só te levo sob um manto
Porque se te mostrar... Constrangimento
Não há neste mundão alguém que ature
E nisso aí me enquadro, inclusive
Pior é me deitar na mesma cama
Não gastes teu 'dindin' com detetive
Pois eu vou te falar: tenh'outra dama
Feiura terminal não há quem cure
AVISO
Prezado(a) visitante,
Os textos da categoria "CORDEL", à exceção dos comentados, foram transferidos deste para outro blog, voltado exclusivamente para o gênero.
O endereço é o seguinte:
http://universodocordel.blogspot.com/
Grato pela compreensão e prestígio.
Jerson Brito
Os textos da categoria "CORDEL", à exceção dos comentados, foram transferidos deste para outro blog, voltado exclusivamente para o gênero.
O endereço é o seguinte:
http://universodocordel.blogspot.com/
Grato pela compreensão e prestígio.
Jerson Brito
VALENTE TIMONEIRO
Singra em meio às intempéries, não recua
Rasga a névoa no caminho, calejado
Dorme o Sol, seu companheiro, chega a Lua
Permanece, firme e forte, denodado
Mares negros... Amarguras tem vivido
Sem pudores, corta o vento sua proa
De esperança o coração está tingido
Sempre em busca do sorriso, ele se doa
Sem pesar o desafio, enfrenta tudo
O Divino é proteção, é seu escudo
Sob a cor da negridão e à luz do dia
Persevera, inabalável qual rochedo
Faz da vida um grande filme, lindo enredo
Timoneiro representa a valentia
Rasga a névoa no caminho, calejado
Dorme o Sol, seu companheiro, chega a Lua
Permanece, firme e forte, denodado
Mares negros... Amarguras tem vivido
Sem pudores, corta o vento sua proa
De esperança o coração está tingido
Sempre em busca do sorriso, ele se doa
Sem pesar o desafio, enfrenta tudo
O Divino é proteção, é seu escudo
Sob a cor da negridão e à luz do dia
Persevera, inabalável qual rochedo
Faz da vida um grande filme, lindo enredo
Timoneiro representa a valentia
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A VOZ DO AMOR
Distante dos meus olhos, todavia
Povoas, minha diva, o pensamento
Estás presente nessa fantasia
Que carinhosamente eu alimento
Tu és a causadora desse enleio
Assim, tua presença almejo tanto
De amor o coração se encontra cheio
És bela inspiração do verso e canto
A voz dessa querença me domina
Vislumbro, ao divagar, o teu semblante
Da face angelical doçura mina
O mel dessa pureza é cativante
Da chama inebriante não me esquivo
Conservo em mim sentir deveras vivo
Povoas, minha diva, o pensamento
Estás presente nessa fantasia
Que carinhosamente eu alimento
Tu és a causadora desse enleio
Assim, tua presença almejo tanto
De amor o coração se encontra cheio
És bela inspiração do verso e canto
A voz dessa querença me domina
Vislumbro, ao divagar, o teu semblante
Da face angelical doçura mina
O mel dessa pureza é cativante
Da chama inebriante não me esquivo
Conservo em mim sentir deveras vivo
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR/UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
Esse mote, muito atual, foi proposto pelo poeta ARISTÓTELES LIMA.
Muito obrigado pela sugestão, amigo!
A nossa sociedade
Lamenta um triste cenário
Traficante sanguinário
Não tem sensibilidade
À criança em tenra idade
Porcaria oferecida
Que depois de consumida
Com certeza vai matar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
É medida de emergência
Combater a bandidagem
Acabar c'a sacanagem
Dos ladrões da inocência
Senão irá à falência
A família tão querida
Em pedaços, destruída
No mais baixo patamar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
Nem o pobre estudante
Hoje em dia tem sossego
Na escola mesmo é pego
Pelo cruel meliante
Uma cena preocupante
Fere o peito, é dolorida
Vemos se esvair a vida
E muitos pais a chorar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
Esse vício dilacera
Corpo, mente, tudo enfim
O que traz sempre é ruim
A plena tristeza gera
Numa angustiante espera
Por uma justa medida
A população perdida
Não cansa de reclamar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
No laço do entorpecente
O jovem se vê envolto
Muitas vezes não é solto
Pois se torna um dependente
Deste mundo, infelizmente
Não raro faz despedida
Após a luta sofrida
Não consegue se livrar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
Precisamos deste brado
É um necessário alerta
Queremos ver se desperta
De uma vez o nosso estado
Um povo desesperado
Não aguenta mais a lida
A dura batalha tida
Em tudo quanto é lugar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
Muito obrigado pela sugestão, amigo!
A nossa sociedade
Lamenta um triste cenário
Traficante sanguinário
Não tem sensibilidade
À criança em tenra idade
Porcaria oferecida
Que depois de consumida
Com certeza vai matar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
É medida de emergência
Combater a bandidagem
Acabar c'a sacanagem
Dos ladrões da inocência
Senão irá à falência
A família tão querida
Em pedaços, destruída
No mais baixo patamar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
Nem o pobre estudante
Hoje em dia tem sossego
Na escola mesmo é pego
Pelo cruel meliante
Uma cena preocupante
Fere o peito, é dolorida
Vemos se esvair a vida
E muitos pais a chorar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
Esse vício dilacera
Corpo, mente, tudo enfim
O que traz sempre é ruim
A plena tristeza gera
Numa angustiante espera
Por uma justa medida
A população perdida
Não cansa de reclamar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
No laço do entorpecente
O jovem se vê envolto
Muitas vezes não é solto
Pois se torna um dependente
Deste mundo, infelizmente
Não raro faz despedida
Após a luta sofrida
Não consegue se livrar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
Precisamos deste brado
É um necessário alerta
Queremos ver se desperta
De uma vez o nosso estado
Um povo desesperado
Não aguenta mais a lida
A dura batalha tida
Em tudo quanto é lugar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
SEDENTO
Nestes olhos fulge a chama
Arde em mim forte querença
Este peito meu reclama
Linda flor, tua presença
Tu és puro encantamento
Dessa boca estou sedento
Arde em mim forte querença
Este peito meu reclama
Linda flor, tua presença
Tu és puro encantamento
Dessa boca estou sedento
AMOR TOTAL
Por gigantesco meu amor transcende
Quaisquer limites que a razão imponha
Ao infinito dos sentires tende
Esta vereda é plena em luz, risonha
Repleta está de cores e perfumes
Meu coração, em regozijo, sonha
Nesses aromas, nesses lindos lumes
Esvai-se a dor, reside em mim leveza
Estilhaçados, vão daqui negrumes
Pra sempre quero a ti, tenho certeza...
Quaisquer limites que a razão imponha
Ao infinito dos sentires tende
Esta vereda é plena em luz, risonha
Repleta está de cores e perfumes
Meu coração, em regozijo, sonha
Nesses aromas, nesses lindos lumes
Esvai-se a dor, reside em mim leveza
Estilhaçados, vão daqui negrumes
Pra sempre quero a ti, tenho certeza...
LUXÚRIA
Amantes, um desejo incandescente
Olhares... Avidez inebriante!
Carinhos, plena entrega, beijo ardente
Dois corpos, prazer uno, transbordante
O lume da loucura prepondera
Dos poros verte o mel dessa quimera
Tornando inevitável doce fúria
Sucumbem ao sabor... Bebida rara!
Na fausta lassidão resposta clara
Às vozes dominantes da luxúria
Olhares... Avidez inebriante!
Carinhos, plena entrega, beijo ardente
Dois corpos, prazer uno, transbordante
O lume da loucura prepondera
Dos poros verte o mel dessa quimera
Tornando inevitável doce fúria
Sucumbem ao sabor... Bebida rara!
Na fausta lassidão resposta clara
Às vozes dominantes da luxúria
AMOR SELVAGEM
Arranco do teu corpo a vestimenta
Mergulho no prazer dessa loucura
Osculo a minha doce criatura
Retiro o elixir que me alimenta
Sou servo dos caprichos dessa flor
Enleio pleno vindo d'um jardim
Letal, a forte seiva, com vigor
Viaja e toma conta, então, de mim
Ardência, frenesi e sedução
Gravados dentro d'alma e coração
Emergem na carícia e perdição
Mostrando o paraíso inteiro, enfim
Mergulho no prazer dessa loucura
Osculo a minha doce criatura
Retiro o elixir que me alimenta
Sou servo dos caprichos dessa flor
Enleio pleno vindo d'um jardim
Letal, a forte seiva, com vigor
Viaja e toma conta, então, de mim
Ardência, frenesi e sedução
Gravados dentro d'alma e coração
Emergem na carícia e perdição
Mostrando o paraíso inteiro, enfim
LASCÍVIA
Leve-me a um êxtase total
Atice a libido do meu ser
Sorria para mim tão sensual
Carinhos e afagos quero ter
Imploro que lhe deixe possuir
Vislumbro a sedução que está por vir
Inquieto, sinto o peito explodir
Amada, é tão forte esse querer
Atice a libido do meu ser
Sorria para mim tão sensual
Carinhos e afagos quero ter
Imploro que lhe deixe possuir
Vislumbro a sedução que está por vir
Inquieto, sinto o peito explodir
Amada, é tão forte esse querer
LOUCO AMOR
Luar por testemunha, almas puras
Osculam-se vorazes e flutuam
Um só anseio une as criaturas
Carnais desejos são suas procuras
Olhando um ao outro se cultuam
Arfantes, enlevados... que avidez!
Mulher e homem lá, entorpecidos
Os corpos desfalecem... languidez!
Raro prazer... e perdem os sentidos
Osculam-se vorazes e flutuam
Um só anseio une as criaturas
Carnais desejos são suas procuras
Olhando um ao outro se cultuam
Arfantes, enlevados... que avidez!
Mulher e homem lá, entorpecidos
Os corpos desfalecem... languidez!
Raro prazer... e perdem os sentidos
INTENSO QUERER
Galgo as nuvens ao provar do beijo quente
Destes poros verte a chama da loucura
Minha mão, feliz, desliza na escultura
Meu sonhar se fez verdade finalmente
Do teu laço sedutor me fiz clausura
Perdição em que repouso mansamente
Doce fada, nobre estrela reluzente
Neste céu a mais bonita que fulgura
A vereda me apresentas, colorida
Dando a chave do mais lindo paraíso
Tu tingiste o caminhar de amor e luz
Um querer se assenhorou de minha vida
Dominaste inteiramente este juízo
Um sentir imensurável me conduz
Destes poros verte a chama da loucura
Minha mão, feliz, desliza na escultura
Meu sonhar se fez verdade finalmente
Do teu laço sedutor me fiz clausura
Perdição em que repouso mansamente
Doce fada, nobre estrela reluzente
Neste céu a mais bonita que fulgura
A vereda me apresentas, colorida
Dando a chave do mais lindo paraíso
Tu tingiste o caminhar de amor e luz
Um querer se assenhorou de minha vida
Dominaste inteiramente este juízo
Um sentir imensurável me conduz
MINHA FANTASIA
Tu me convidas ao pecado
A mergulhar nesses olores
Provar dos teus nobres sabores
Para sorrir, inebriado
Sorver o mel desses cantares
Desejo intenso reprimido
Anseia tanto o meu ouvido
Celebrará quando chegares
Guardo sentir forte e sincero
Oh, meu amor, como te quero!
És minha dama luzidia
Puro elixir, delírio raro
Encanto pleno, em ti eu saro
Navego à luz da fantasia
A mergulhar nesses olores
Provar dos teus nobres sabores
Para sorrir, inebriado
Sorver o mel desses cantares
Desejo intenso reprimido
Anseia tanto o meu ouvido
Celebrará quando chegares
Guardo sentir forte e sincero
Oh, meu amor, como te quero!
És minha dama luzidia
Puro elixir, delírio raro
Encanto pleno, em ti eu saro
Navego à luz da fantasia
AS CORES DA VIDA
Sobre a cabeça via infame nimbo
Tristeza enorme o coração infesta
Minh'esperança arremessei no limbo
Pensei, chorando: "nada mais me resta"
Vendo em meu peito o tormentoso rombo
A Luz me disse: "tenho uma proposta!
Abre esses olhos, foi somente um tombo
Comigo ruma, no meu ombro encosta"
E, prosseguindo, disse: "oh, caminhante!
É linda a vida, o Sol é tão brilhante
O riso é pleno nesse céu, nas flores"
"Olha ao redor de sua estrada, apenas
Nota, contente, que estampei nas cenas
Motivos mil para seguir... Há cores"
Tristeza enorme o coração infesta
Minh'esperança arremessei no limbo
Pensei, chorando: "nada mais me resta"
Vendo em meu peito o tormentoso rombo
A Luz me disse: "tenho uma proposta!
Abre esses olhos, foi somente um tombo
Comigo ruma, no meu ombro encosta"
E, prosseguindo, disse: "oh, caminhante!
É linda a vida, o Sol é tão brilhante
O riso é pleno nesse céu, nas flores"
"Olha ao redor de sua estrada, apenas
Nota, contente, que estampei nas cenas
Motivos mil para seguir... Há cores"
DEUS É INFALÍVEL
As curvas são mistério nessa vida
Por vezes nós sorvemos a fragrância
Das flores a brotar em abundância
A dor noutros momentos é colhida
Tormentos encontramos pela estrada
Espadas nos fustigam sem clemência
A Deus, o Pai, a plena Onipotência
Pedimos que ilumine a caminhada
Imersos em tristeza, fel, apuros
Amparo breve aos passos inseguros
Rogamos, confiantes no Senhor
Não há, temos certeza, vãs esperas
Na luta diuturna contra as feras
Contamos com a mão do Protetor
Por vezes nós sorvemos a fragrância
Das flores a brotar em abundância
A dor noutros momentos é colhida
Tormentos encontramos pela estrada
Espadas nos fustigam sem clemência
A Deus, o Pai, a plena Onipotência
Pedimos que ilumine a caminhada
Imersos em tristeza, fel, apuros
Amparo breve aos passos inseguros
Rogamos, confiantes no Senhor
Não há, temos certeza, vãs esperas
Na luta diuturna contra as feras
Contamos com a mão do Protetor
INQUIETAÇÃO
Menina graciosa, exuberante
Trouxeste pra minh'alma inquietação
Meus olhos num sorriso radiante
Confessam ledo encanto em profusão
Provei da tua seiva entorpecente
Senti, embevecido, o teu sabor
Fizeste habitação na minha mente
Em mim és tatuagem, viva cor
Em mel tu transformaste amargo vinho
De flores enfeitaste meu caminho
Puseste mais aroma em meu viver
És joia linda e rara... Quanto engenho!
Sem ter como ocultar, princesa venho
Do grande sentimento te dizer
Trouxeste pra minh'alma inquietação
Meus olhos num sorriso radiante
Confessam ledo encanto em profusão
Provei da tua seiva entorpecente
Senti, embevecido, o teu sabor
Fizeste habitação na minha mente
Em mim és tatuagem, viva cor
Em mel tu transformaste amargo vinho
De flores enfeitaste meu caminho
Puseste mais aroma em meu viver
És joia linda e rara... Quanto engenho!
Sem ter como ocultar, princesa venho
Do grande sentimento te dizer
NOS BRAÇOS DA PAIXÃO
A névoa da tristeza me cobria
Até que para o pranto tive a cura
Tocado por um anjo com ternura
Em mim vi dissipada essa agonia
Outrora cultivando em fantasia
Momentos recheados de doçura
Deixei de lado toda desventura
Porquanto mergulhei ness'alegria
Nos braços da paixão fui acolhido
Na face estampo o brilho reprimido
O meu ditoso peito comemora
Tu és o meu presente celebrado
Estou a te exaltar, emocionado
Nas letras espalhadas mundo afora
Até que para o pranto tive a cura
Tocado por um anjo com ternura
Em mim vi dissipada essa agonia
Outrora cultivando em fantasia
Momentos recheados de doçura
Deixei de lado toda desventura
Porquanto mergulhei ness'alegria
Nos braços da paixão fui acolhido
Na face estampo o brilho reprimido
O meu ditoso peito comemora
Tu és o meu presente celebrado
Estou a te exaltar, emocionado
Nas letras espalhadas mundo afora
SEDUTORA
Provei do encanto num mergulho incauto
Arrebatado, vi partir meu tino
E doravante o pensamento pauto
No teu olhar de deusa, cristalino
Dessa paixão senti o forte efeito
Qual passarinho, leve ao vento plano
Tens garantido aqui perene preito
És a rainha do meu verso insano
Tez sedutora, lábios de veludo
Trouxeste cor ao caminhar tão triste
O que me invade é mui gostoso, agudo
Celebro a vida, ledo, enternecido
Dentro de mim castelos construíste
Com regozijo ora somente lido
Arrebatado, vi partir meu tino
E doravante o pensamento pauto
No teu olhar de deusa, cristalino
Dessa paixão senti o forte efeito
Qual passarinho, leve ao vento plano
Tens garantido aqui perene preito
És a rainha do meu verso insano
Tez sedutora, lábios de veludo
Trouxeste cor ao caminhar tão triste
O que me invade é mui gostoso, agudo
Celebro a vida, ledo, enternecido
Dentro de mim castelos construíste
Com regozijo ora somente lido
DELIRANTE
Nos sonhos que acalento sempre estás presente
Tu és destas quimeras o maior motivo
Às nuvens esse olhar bonito é conducente
Pensando em ter afagos eu confesso: vivo
Estar nos braços teus desejo a todo instante
Decerto tens a chave do prazer, enlevo
Formosa criatura, mulher fascinante
No peito deste bardo há um sentir longevo
Refém do laço forte sou delírio pleno
Ao ver a joia rara, sorridente aceno
Pedindo um beijo doce cheio de brandura
Dominas o meu ser, cativo tens o trono
Senhora, de minh'alma não sou mais o dono
A mim trazes conforto, és alimento, cura...
Tu és destas quimeras o maior motivo
Às nuvens esse olhar bonito é conducente
Pensando em ter afagos eu confesso: vivo
Estar nos braços teus desejo a todo instante
Decerto tens a chave do prazer, enlevo
Formosa criatura, mulher fascinante
No peito deste bardo há um sentir longevo
Refém do laço forte sou delírio pleno
Ao ver a joia rara, sorridente aceno
Pedindo um beijo doce cheio de brandura
Dominas o meu ser, cativo tens o trono
Senhora, de minh'alma não sou mais o dono
A mim trazes conforto, és alimento, cura...
REVELAÇÃO
Em segredo te queria
Encerrei no peito um brado
Eras, fada, a fantasia
Deste pobre apaixonado
Por tão forte me afligia
O que estava aqui guardado
Vi, enfim, chegar o dia
Do sentir ser revelado
Este brilho que diz tudo
Percebeste em meu olhar
Coração viste, desnudo
Minha flor, paixão sem regra
Como é bom contigo estar
Teu gostoso enlace alegra
Encerrei no peito um brado
Eras, fada, a fantasia
Deste pobre apaixonado
Por tão forte me afligia
O que estava aqui guardado
Vi, enfim, chegar o dia
Do sentir ser revelado
Este brilho que diz tudo
Percebeste em meu olhar
Coração viste, desnudo
Minha flor, paixão sem regra
Como é bom contigo estar
Teu gostoso enlace alegra
108 ANOS DE FIDALGUIA
Oh, Fluminense, nesta data tão querida
Venho trazer um cumprimento emocionado
Tu fazes parte da rotina em minha vida
És o meu clube mui dileto, sempre amado
Na trajetória lindamente percorrida
Com fidalguia teu caminho tens marcado
A bela imagem de nobreza construída
Brota do esmero nesses anos demonstrado
Apaixonante e sem rival, formoso escudo
Do sentimento confessar não tenho medo
Sinto prazer ao exaltar essa entidade
Fizeste lar no coração, és o meu tudo
Estás em mim... Para ninguém isso é segredo
Por este dia, meu FLUZÃO, felicidade!
Venho trazer um cumprimento emocionado
Tu fazes parte da rotina em minha vida
És o meu clube mui dileto, sempre amado
Na trajetória lindamente percorrida
Com fidalguia teu caminho tens marcado
A bela imagem de nobreza construída
Brota do esmero nesses anos demonstrado
Apaixonante e sem rival, formoso escudo
Do sentimento confessar não tenho medo
Sinto prazer ao exaltar essa entidade
Fizeste lar no coração, és o meu tudo
Estás em mim... Para ninguém isso é segredo
Por este dia, meu FLUZÃO, felicidade!
TRICOLOR, MEU ELIXIR
O meu jardim é matizado triplamente
Contemplo flores verdes, brancas e grenás
Finas fragrâncias, nobre aroma entorpecente
Meu vício eterno, não te deixo para trás
Essência pura, o respirar que me extasia
Estás na mente, na minh'alma e no meu peito
És Lua, és Sol, a rara estrela luzidia
Nesse alimento mui sublime eu me deleito
Encontro em ti o suprassumo alegrador
A tomar conta do meu ser feito uma chama
Eu vou seguir meu Fluminense aonde for
O coração, quando te vê, pula e reclama
Um brado forte a celebrar: SOU TRICOLOR!
Vibrando, em gozo, por feliz, ele te ama...
Contemplo flores verdes, brancas e grenás
Finas fragrâncias, nobre aroma entorpecente
Meu vício eterno, não te deixo para trás
Essência pura, o respirar que me extasia
Estás na mente, na minh'alma e no meu peito
És Lua, és Sol, a rara estrela luzidia
Nesse alimento mui sublime eu me deleito
Encontro em ti o suprassumo alegrador
A tomar conta do meu ser feito uma chama
Eu vou seguir meu Fluminense aonde for
O coração, quando te vê, pula e reclama
Um brado forte a celebrar: SOU TRICOLOR!
Vibrando, em gozo, por feliz, ele te ama...
FLUMINENSE, AMOR SEM CONDIÇÃO
No dia vinte e um do mês de julho
Surgiste neste mundo, meu amor
Pra ser da minha vida o grande orgulho
No sangue eu sou feliz, sou Tricolor
Nobreza e classe tens desde o nascer
Guerreiro és, contudo... E muito forte!
Tu és meu respirar, o meu viver
Estrela a reluzir dentro do esporte
O manto mais formoso do universo
Entranha e neste peito faz seu lar
Adere ao coração, tomado, imerso...
Ao mundo inteiro, FLU, vou divulgar
Em rima, estrofe, prosa ou branco verso
Por ti, sem condição, irei vibrar
No dia vinte e um do mês de julho
Surgiste neste mundo, meu amor
Pra ser da minha vida o grande orgulho
No sangue eu sou feliz, sou Tricolor
Nobreza e classe tens desde o nascer
Guerreiro és, contudo... E muito forte!
Tu és meu respirar, o meu viver
Estrela a reluzir dentro do esporte
O manto mais formoso do universo
Entranha e neste peito faz seu lar
Adere ao coração, tomado, imerso...
Ao mundo inteiro, FLU, vou divulgar
Em rima, estrofe, prosa ou branco verso
Por ti, sem condição, irei vibrar
SONETO DA FRATERNIDADE TRICOLOR
Nas vitórias, sorrimos de alegria
Dissabores motivam união
Torcedores, amantes do FLUZÃO
Ladeados na glória e na agonia
Sentimento qu'envolve e contagia
Por tão nobre merece exaltação
As três cores conduzem a paixão
Mui presente no nosso dia-a-dia
Esse escudo, a camisa, nosso amor
São orgulho maior dessa torcida
Que os enverga com tal felicidade
Salve, salve, Família Tricolor
Como é lindo te ver, assim, vestida
Nesse manto de paz, fraternidade
Nas vitórias, sorrimos de alegria
Dissabores motivam união
Torcedores, amantes do FLUZÃO
Ladeados na glória e na agonia
Sentimento qu'envolve e contagia
Por tão nobre merece exaltação
As três cores conduzem a paixão
Mui presente no nosso dia-a-dia
Esse escudo, a camisa, nosso amor
São orgulho maior dessa torcida
Que os enverga com tal felicidade
Salve, salve, Família Tricolor
Como é lindo te ver, assim, vestida
Nesse manto de paz, fraternidade
TIME DE GUERREIROS
Nossa torcida pula e canta c'o Fluzão
Aplaude aos gritos, exaltando a valentia
Quando essa tropa pelos campos se anuncia
Declara amor sem por nenhuma condição
Time de garra, faz vibrar a multidão
Campo e plateia na mais linda sintonia
O sentimento, por tão uno, contagia
Por esse escudo, vale a raça, o coração
Aos jogadores, parabéns por essa luta
Ao envergar o nobre manto das três cores
Que traz orgulho, com certeza, à toda massa
Jogando assim, irão vencer qualquer disputa
Podem contar com a paixão dos torcedores
Grandes guerreiros, pelo FLU ninguém mais passa!
Nossa torcida pula e canta c'o Fluzão
Aplaude aos gritos, exaltando a valentia
Quando essa tropa pelos campos se anuncia
Declara amor sem por nenhuma condição
Time de garra, faz vibrar a multidão
Campo e plateia na mais linda sintonia
O sentimento, por tão uno, contagia
Por esse escudo, vale a raça, o coração
Aos jogadores, parabéns por essa luta
Ao envergar o nobre manto das três cores
Que traz orgulho, com certeza, à toda massa
Jogando assim, irão vencer qualquer disputa
Podem contar com a paixão dos torcedores
Grandes guerreiros, pelo FLU ninguém mais passa!
WASHINGTON, O MATADOR!
Vou pedir sua licença
Pra falar d'um camarada
Uma estrela tão amada
O baiano de nascença
Cujo berço foi Valença
Também digo pra vocês
Em janeiro, dia três
E sessenta foi o ano
Esse grande ser humano
C'a bola sucesso fez
Da sua biografia
Eu agora dou notícia
Começou pelo Galícia
Um time lá da Bahia
Depois se transferiria
Para o Corinthians Paulista
O craque futebolista
Pelo Mato Grosso andou
No Operário ele jogou
Em Campo Grande um artista
Avante sensacional
Valente goleador
No sul demonstrou valor
Pelo Internacional
Mas o famoso casal
Surgiria em outra praça
Quando o Paraná abraça
O talento do rapaz
No Atlético ele faz
A dupla de rara graça
Fez sucesso com Assis
Brilhou nas Araucárias
As conquistas foram várias
Torcedor ficou feliz
Enfim, o destino quis
Vieram pras Laranjeiras
Duas joias verdadeiras
De um futebol bonito
Centroavante e Benedito
Essas pérolas 'maneiras'
Estampava no uniforme
O nove que assombrava
Vira e mexe ele marcava
Que faro de gol enorme
Tem goleiro que não dorme
Ao lembrar de sua obra
Na qual brilhantismo sobra
Por isso que pra torcida
É figura tão querida
A cerviz Tricolor dobra
No FLU, grande campeão
Foram três estaduais
Em sequência, foi demais!
Além d'um Brasileirão
Teve participação
Com seus gols foi importante
Mais de cem, impressionante!
Obrigado, matador
Decisivo, arrasador
Artilheiro mui marcante
Lembranças desses momentos
Nos adoçam a memória
Sua linda trajetória
Os muitos e belos tentos
Os seus nobres sentimentos
A história d'uma vida
Desperta nessa torcida
A paixão que lhe dedica
Nosso coração explica
Quão intensa é merecida
Sobre o ídolo do esporte
Um mal foi se abater
Nessa luta pra viver
Nosso Washington é forte
Disporá de graça e sorte
Pois sobeja em si vontade
Nossa solidariedade
Para o ídolo que amamos
Com você, junto estamos
Rumo à felicidade
** Homenagem a Washington, aquele do Casal 20 **
Vou pedir sua licença
Pra falar d'um camarada
Uma estrela tão amada
O baiano de nascença
Cujo berço foi Valença
Também digo pra vocês
Em janeiro, dia três
E sessenta foi o ano
Esse grande ser humano
C'a bola sucesso fez
Da sua biografia
Eu agora dou notícia
Começou pelo Galícia
Um time lá da Bahia
Depois se transferiria
Para o Corinthians Paulista
O craque futebolista
Pelo Mato Grosso andou
No Operário ele jogou
Em Campo Grande um artista
Avante sensacional
Valente goleador
No sul demonstrou valor
Pelo Internacional
Mas o famoso casal
Surgiria em outra praça
Quando o Paraná abraça
O talento do rapaz
No Atlético ele faz
A dupla de rara graça
Fez sucesso com Assis
Brilhou nas Araucárias
As conquistas foram várias
Torcedor ficou feliz
Enfim, o destino quis
Vieram pras Laranjeiras
Duas joias verdadeiras
De um futebol bonito
Centroavante e Benedito
Essas pérolas 'maneiras'
Estampava no uniforme
O nove que assombrava
Vira e mexe ele marcava
Que faro de gol enorme
Tem goleiro que não dorme
Ao lembrar de sua obra
Na qual brilhantismo sobra
Por isso que pra torcida
É figura tão querida
A cerviz Tricolor dobra
No FLU, grande campeão
Foram três estaduais
Em sequência, foi demais!
Além d'um Brasileirão
Teve participação
Com seus gols foi importante
Mais de cem, impressionante!
Obrigado, matador
Decisivo, arrasador
Artilheiro mui marcante
Lembranças desses momentos
Nos adoçam a memória
Sua linda trajetória
Os muitos e belos tentos
Os seus nobres sentimentos
A história d'uma vida
Desperta nessa torcida
A paixão que lhe dedica
Nosso coração explica
Quão intensa é merecida
Sobre o ídolo do esporte
Um mal foi se abater
Nessa luta pra viver
Nosso Washington é forte
Disporá de graça e sorte
Pois sobeja em si vontade
Nossa solidariedade
Para o ídolo que amamos
Com você, junto estamos
Rumo à felicidade
** Homenagem a Washington, aquele do Casal 20 **
AVANTE, GAROTOS!
No clube centenário o treinador
Trocou a experiência pela aposta
De jovens essa equipe está composta
Deu certo, fez sorrir o torcedor
Avante, garotada de valor
Fazendo dessa garra uma proposta
Da entrega demonstrada é que se gosta
Vibramos junto ao time lutador
Qu'estão comprometidos é visível
Vão ser, temos certeza, a redenção
Depois d'uma arrancada muito incrível
Iremos verter pranto de emoção
Será, daqui pra frente, intransponível
A grande fortaleza do FLUZÃO!!!
** Escrito durante a arrancada contra a queda ***
No clube centenário o treinador
Trocou a experiência pela aposta
De jovens essa equipe está composta
Deu certo, fez sorrir o torcedor
Avante, garotada de valor
Fazendo dessa garra uma proposta
Da entrega demonstrada é que se gosta
Vibramos junto ao time lutador
Qu'estão comprometidos é visível
Vão ser, temos certeza, a redenção
Depois d'uma arrancada muito incrível
Iremos verter pranto de emoção
Será, daqui pra frente, intransponível
A grande fortaleza do FLUZÃO!!!
** Escrito durante a arrancada contra a queda ***
SONETO DA ESPERANÇA TRICOLOR
Nós somos fortes pra encarar essa tormenta
Bravos guerreiros, sem perder a confiança
Árduas batalhas a enfrentar c'a esperança
De reverter o quadro ruim que se apresenta
A nossa raça e coração ninguém aguenta
Vamos manter, sem recuar, perseverança
Pois quem tem fé o paraíso sempre alcança
O torcedor, ao fim de tudo, se contenta
Eu acredito, FLU querido, que consegues
Tu tens vigor pra destilar pelo gramado
Quero te ver calar a boca desses críticos
Dentro de campo tua fibra jamais negues
Estou contigo, sou fiel, meu time amado
Vou exaltar teu uniforme e escudo míticos
** Escrito durante a arrancada contra a queda ***
Nós somos fortes pra encarar essa tormenta
Bravos guerreiros, sem perder a confiança
Árduas batalhas a enfrentar c'a esperança
De reverter o quadro ruim que se apresenta
A nossa raça e coração ninguém aguenta
Vamos manter, sem recuar, perseverança
Pois quem tem fé o paraíso sempre alcança
O torcedor, ao fim de tudo, se contenta
Eu acredito, FLU querido, que consegues
Tu tens vigor pra destilar pelo gramado
Quero te ver calar a boca desses críticos
Dentro de campo tua fibra jamais negues
Estou contigo, sou fiel, meu time amado
Vou exaltar teu uniforme e escudo míticos
** Escrito durante a arrancada contra a queda ***
NÃO LHE DEIXAREI, FLUZÃO!
O sofrimento calejou-me o coração
Meu Tricolor, estou mui triste de verdade
Cada rodada aumenta minha ansiedade
Rebaixamento, assustadora assombração
Eu não aceito essa segunda divisão
Ao menos jogue com total dignidade
Mostre-nos luta e que tem seriedade
Pois desse jeito vai ser muita humilhação
O que acontece doravante a Deus entrego
Ora reclamo, mas estou aqui torcendo
E nessas horas com certeza mais me apego
Por várias vezes, falta sorte, eu estou vendo
Se joga mal, vou criticar, mas nunca nego
O grande amor que lhe declaro e estão lendo
O sofrimento calejou-me o coração
Meu Tricolor, estou mui triste de verdade
Cada rodada aumenta minha ansiedade
Rebaixamento, assustadora assombração
Eu não aceito essa segunda divisão
Ao menos jogue com total dignidade
Mostre-nos luta e que tem seriedade
Pois desse jeito vai ser muita humilhação
O que acontece doravante a Deus entrego
Ora reclamo, mas estou aqui torcendo
E nessas horas com certeza mais me apego
Por várias vezes, falta sorte, eu estou vendo
Se joga mal, vou criticar, mas nunca nego
O grande amor que lhe declaro e estão lendo
EU SOU MAIS FLU
No meu vocabulário não existe
O termo 'desistência' ou similar
Pois todo Tricolor sempre resiste
Desânimo nenhum vai me parar
É fato que os rivais nos fazem chiste
Adoram a torcida achincalhar
Aguento tudo em pé, embora triste
Ao lado do FLUZÃO é o meu lugar
Se d'outro time eu fosse torcedor
Cansado já de tanto sofrimento
Teria abandonado seu escudo
Porém, tem fidalguia o meu amor
É grande, tão fiel, sem fingimento
Eu brado para o mundo: "O FLU É TUDO!"
No meu vocabulário não existe
O termo 'desistência' ou similar
Pois todo Tricolor sempre resiste
Desânimo nenhum vai me parar
É fato que os rivais nos fazem chiste
Adoram a torcida achincalhar
Aguento tudo em pé, embora triste
Ao lado do FLUZÃO é o meu lugar
Se d'outro time eu fosse torcedor
Cansado já de tanto sofrimento
Teria abandonado seu escudo
Porém, tem fidalguia o meu amor
É grande, tão fiel, sem fingimento
Eu brado para o mundo: "O FLU É TUDO!"
PARABÉNS, FLUZÃO!!!
Eterno Amor, já és um ancião
São cento e sete anos de batente
Proporcionaste choro e empolgação
Mas nunca vais sair d'alma da gente
Tu és clube de enorme tradição
No meio esportivo és imponente
Tua vida é a mais bela redação
Que posso escrever... sou tão "doente"!
Vou te cantar em prosa e poesia
Estando a fase boa ou ruim
Não posso retirar isso de mim
Que eu vou te deixar, há quem o pense
Porém, isso jamais, meu FLUMINENSE
Sinceros PARABÉNS PELO TEU DIA!!!
** 21/07/2009 **
Eterno Amor, já és um ancião
São cento e sete anos de batente
Proporcionaste choro e empolgação
Mas nunca vais sair d'alma da gente
Tu és clube de enorme tradição
No meio esportivo és imponente
Tua vida é a mais bela redação
Que posso escrever... sou tão "doente"!
Vou te cantar em prosa e poesia
Estando a fase boa ou ruim
Não posso retirar isso de mim
Que eu vou te deixar, há quem o pense
Porém, isso jamais, meu FLUMINENSE
Sinceros PARABÉNS PELO TEU DIA!!!
** 21/07/2009 **
NASCE O GIGANTE...
No vinte e um de julho memorável
O século vigésimo raiava
Oscar teve a ideia formidável
E o Amor Eterno, então, criava
Nascia ali um clube respeitável
De roupa alvi-cinza desfilava
Aquele escrete bom era notável
Sucesso foi por onde ele jogava
Gigante começou para jamais
Sequer em um momento da história
Ficar menor perante os rivais
De cara, ganhou quatro estaduais
Assim teve início a trajetória
Pra frente o FLU faria muito mais
No vinte e um de julho memorável
O século vigésimo raiava
Oscar teve a ideia formidável
E o Amor Eterno, então, criava
Nascia ali um clube respeitável
De roupa alvi-cinza desfilava
Aquele escrete bom era notável
Sucesso foi por onde ele jogava
Gigante começou para jamais
Sequer em um momento da história
Ficar menor perante os rivais
De cara, ganhou quatro estaduais
Assim teve início a trajetória
Pra frente o FLU faria muito mais
Eu nasci e fui criado
No meio duma floresta
Mata linda como esta
Vou dizer, leitor amado
Venha visitar, prezado
Que não vai se arrepender
É coisa boa de ver
Fascina, causa hipnose
Com certeza uma overdose
De raro e intenso prazer
Rios que vejo correr
Todo meu Norte cortando
As canoas vão singrando
Antes do amanhecer
Seus leitos a percorrer
Pura representação
De uma circulação
No corpo dum ser vivente
O líquido, minha gente
Que bombeia o coração
Em toda feliz nação
Há de ter esse elemento
Sem ela, é um tormento
Muito pranto e aflição
Destarte na região
Em que tenho moradia
Procuro no dia-a-dia
Desde minha tenra infância
Evitar beligerância
Ter a vida bem sadia
Enquanto eu escrevia
Imaginei o final
Desses versos, pessoal
Pois, amigos, só queria
Exaltar em poesia
Maravilhosas três cores
Que encantam, são amores
Mata, sangue e branca paz
Tudo isso junto faz
Alegres os tricolores
No meio duma floresta
Mata linda como esta
Vou dizer, leitor amado
Venha visitar, prezado
Que não vai se arrepender
É coisa boa de ver
Fascina, causa hipnose
Com certeza uma overdose
De raro e intenso prazer
Rios que vejo correr
Todo meu Norte cortando
As canoas vão singrando
Antes do amanhecer
Seus leitos a percorrer
Pura representação
De uma circulação
No corpo dum ser vivente
O líquido, minha gente
Que bombeia o coração
Em toda feliz nação
Há de ter esse elemento
Sem ela, é um tormento
Muito pranto e aflição
Destarte na região
Em que tenho moradia
Procuro no dia-a-dia
Desde minha tenra infância
Evitar beligerância
Ter a vida bem sadia
Enquanto eu escrevia
Imaginei o final
Desses versos, pessoal
Pois, amigos, só queria
Exaltar em poesia
Maravilhosas três cores
Que encantam, são amores
Mata, sangue e branca paz
Tudo isso junto faz
Alegres os tricolores
HOMENAGEM AOS MAIORES ARTILHEIROS DO FLU
Vou pedir sua licença
Para um pouco falar
D'uns avantes de presença
Que no FLU vimos brilhar
No ranking dos gols marcados
Dez melhores colocados
Eu vou homenagear
Eu vou começar o preito
Com o maior artilheiro
Que fez gol de todo jeito
Nisso era bem arteiro
O Valdo não foi um craque
Mas teve o maior destaque
Com a nove foi o primeiro
Depois vem Pingo de Ouro
Nosso querido Orlando
Esse cara era um estouro
Na lista está figurando
Como vice no geral
Uma marca bem legal
Acabou ele alcançando
E agora entra na dança
Um ponta um tanto franzino
Telê, Fio de Esperança
Confundiu o seu destino
Com o do próprio Fluminense
À nossa história pertence
Pro gol tinha faro fino
O quarto lugar do rol
No nome já era forte
Desfilou seu futebol
Hércules, pra nossa sorte
Nesse Tricolor Amado
Zagueiro do outro lado
Preferia até a morte
Um gringo vem a seguir
Quase um gol por partida
Que média foi conseguir
Que bela missão cumprida
Welfare não perdoava
Se bobeasse guardava
Isso era sua vida
Uma centena e meia
De tentos ele anotou
Chute fraco ou "na veia"
Importa é que a bola entrou
Esse aí Russo se chama
No FLU ele teve fama
Por ter feito muito gol
Este é versatilidade
Filho do grande escritor
De várias modalidades
Ele foi competidor
Na sua ficha completa
Um polivalente atleta
Preguinho goleador
Washington foi animal
Compôs o time do Tri
Com Assis formou casal
Melhor dupla inda não vi
Sua marca não foi pequena
Ele fez mais de centena
Disso aí nunca esqueci
Este aqui era cruel
Matador, vi em ação
Compriu bem o seu papel
Junto à massa do Fluzão
Vale fazer o registro
Super-Ézio foi "sinistro"
Eu lembro com emoção
Pra fechar o "Top Ten"
Que são onze, na verdade
Na frente se deram bem
Pois tinham capacidade
Escurinho e Magnata
Na bola eram a nata
Outros tempos, que saudade!
Vou pedir sua licença
Para um pouco falar
D'uns avantes de presença
Que no FLU vimos brilhar
No ranking dos gols marcados
Dez melhores colocados
Eu vou homenagear
Eu vou começar o preito
Com o maior artilheiro
Que fez gol de todo jeito
Nisso era bem arteiro
O Valdo não foi um craque
Mas teve o maior destaque
Com a nove foi o primeiro
Depois vem Pingo de Ouro
Nosso querido Orlando
Esse cara era um estouro
Na lista está figurando
Como vice no geral
Uma marca bem legal
Acabou ele alcançando
E agora entra na dança
Um ponta um tanto franzino
Telê, Fio de Esperança
Confundiu o seu destino
Com o do próprio Fluminense
À nossa história pertence
Pro gol tinha faro fino
O quarto lugar do rol
No nome já era forte
Desfilou seu futebol
Hércules, pra nossa sorte
Nesse Tricolor Amado
Zagueiro do outro lado
Preferia até a morte
Um gringo vem a seguir
Quase um gol por partida
Que média foi conseguir
Que bela missão cumprida
Welfare não perdoava
Se bobeasse guardava
Isso era sua vida
Uma centena e meia
De tentos ele anotou
Chute fraco ou "na veia"
Importa é que a bola entrou
Esse aí Russo se chama
No FLU ele teve fama
Por ter feito muito gol
Este é versatilidade
Filho do grande escritor
De várias modalidades
Ele foi competidor
Na sua ficha completa
Um polivalente atleta
Preguinho goleador
Washington foi animal
Compôs o time do Tri
Com Assis formou casal
Melhor dupla inda não vi
Sua marca não foi pequena
Ele fez mais de centena
Disso aí nunca esqueci
Este aqui era cruel
Matador, vi em ação
Compriu bem o seu papel
Junto à massa do Fluzão
Vale fazer o registro
Super-Ézio foi "sinistro"
Eu lembro com emoção
Pra fechar o "Top Ten"
Que são onze, na verdade
Na frente se deram bem
Pois tinham capacidade
Escurinho e Magnata
Na bola eram a nata
Outros tempos, que saudade!
HOMENAGEM AOS GOLEIROS DO FLU
Não era uma geringonça
O escrete por qual jogava
O fino Marcos Mendonça
Elegância que encantava
Da estirpe desses arqueiros
De alta classe, magistrais
Pra festa dos brasileiros
Também nasceu Batatais
Castilho era “de morte”
Nosso Ás, deu alegria
Jamais vista igual sorte
Por isso era o "Leiteria"
Veludo tão excelente
Goleiro fenomenal
Por acaso foi suplente
De Castilho, o maioral
Dentre os vários atletas
Que aqui estou citando
Há de ter o guarda-meta
Félix Mieli Venerando
Derradeiro da linhagem
Fez a Nação orgulhosa
E merece a homenagem
O Paulo Victor Barbosa
Dois decênios se passaram
De lá pra cá não surgiram
Donos da 1 que honraram
A camisa que vestiram
Não era uma geringonça
O escrete por qual jogava
O fino Marcos Mendonça
Elegância que encantava
Da estirpe desses arqueiros
De alta classe, magistrais
Pra festa dos brasileiros
Também nasceu Batatais
Castilho era “de morte”
Nosso Ás, deu alegria
Jamais vista igual sorte
Por isso era o "Leiteria"
Veludo tão excelente
Goleiro fenomenal
Por acaso foi suplente
De Castilho, o maioral
Dentre os vários atletas
Que aqui estou citando
Há de ter o guarda-meta
Félix Mieli Venerando
Derradeiro da linhagem
Fez a Nação orgulhosa
E merece a homenagem
O Paulo Victor Barbosa
Dois decênios se passaram
De lá pra cá não surgiram
Donos da 1 que honraram
A camisa que vestiram
No Rio eu já fui no Cristo
Visitei Copacabana
No Leblon também fui visto
Ipanema é bacana
Mergulhei no mar da Barra
No Recreio eu fiz farra
Lá passei mais de semana
Passeei pela Marina
Pão de Açúcar subi
Paisagem que fascina
Do bondinho então eu vi
Caminhei pelo Aterro
Quer agito, não tem erro
Seu destino é ali
A cidade é maravilhosa
Perfeito seu 'apelido'
No mundo todo é famosa
Fez jus ao que tenho lido
Porém a maior beleza
De lá com toda certeza
Tem um certo colorido
Eu falo, caro leitor
Da festa proporcionada
Pela Nação Tricolor
Lotando a arquibancada
Do imenso Maracanã
E quem já viu ficou fã
Não dá pra ser comparada
Nelson Rodrigues já disse
Nós não temos quantidade
É como se antevisse
A nossa enormidade
Se não dispõe da maior
O FLU possui a melhor
Torcida dessa cidade
Visitei Copacabana
No Leblon também fui visto
Ipanema é bacana
Mergulhei no mar da Barra
No Recreio eu fiz farra
Lá passei mais de semana
Passeei pela Marina
Pão de Açúcar subi
Paisagem que fascina
Do bondinho então eu vi
Caminhei pelo Aterro
Quer agito, não tem erro
Seu destino é ali
A cidade é maravilhosa
Perfeito seu 'apelido'
No mundo todo é famosa
Fez jus ao que tenho lido
Porém a maior beleza
De lá com toda certeza
Tem um certo colorido
Eu falo, caro leitor
Da festa proporcionada
Pela Nação Tricolor
Lotando a arquibancada
Do imenso Maracanã
E quem já viu ficou fã
Não dá pra ser comparada
Nelson Rodrigues já disse
Nós não temos quantidade
É como se antevisse
A nossa enormidade
Se não dispõe da maior
O FLU possui a melhor
Torcida dessa cidade
SONETO DA FIDELIDADE (AO FLUMINENSE)
Fluminense, minha grande paixão
Estão gravadas aqui na retina
As três lindas cores do teu brasão
Imagem perfeita que me fascina
Certamente não teria sentido
A jornada deste teu torcedor
Caso nunca tivesses existido
Para quem dedicaria esse amor?
Se por tua causa tenho sofrido
O sentimento não é diminuído
Tu moras dentro do meu coração
Quando te vejo deste peito mina
Aos borbotões loucura que domina
Quanto prazer te assistir, Fluzão!
Fluminense, minha grande paixão
Estão gravadas aqui na retina
As três lindas cores do teu brasão
Imagem perfeita que me fascina
Certamente não teria sentido
A jornada deste teu torcedor
Caso nunca tivesses existido
Para quem dedicaria esse amor?
Se por tua causa tenho sofrido
O sentimento não é diminuído
Tu moras dentro do meu coração
Quando te vejo deste peito mina
Aos borbotões loucura que domina
Quanto prazer te assistir, Fluzão!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
FLORES DA ALMA
Amor sem medida no meu peito guardo
Oferto-lhe em letras... Escute este bardo
São versos sinceros, a voz de minh'alma
Aceite o presente, é singelo, mas puro
São flores brotadas da essência, asseguro
Decerto a recusa redunda num trauma
Seu riso contente me traz regozijo
Se amar estas linhas ao céu me dirijo
Amor sem medida no meu peito guardo
Oferto-lhe em letras... Escute este bardo
São versos sinceros, a voz de minh'alma
Aceite o presente, é singelo, mas puro
São flores brotadas da essência, asseguro
Decerto a recusa redunda num trauma
Seu riso contente me traz regozijo
Se amar estas linhas ao céu me dirijo
LAÇOS FATAIS
Singrando os meandros dos beijos de mel
Deslizo nas nuvens do teu aconchego
Amante contente eu me vejo um donzel
Loucura me dopa, mui pleno o prazer
Paixão me entorpece, procuro o chamego
É forte, eu me curvo a tão grande querer
Refém desses laços, cegueira é fatal
Não deixa que eu fuja um sentir colossal
Singrando os meandros dos beijos de mel
Deslizo nas nuvens do teu aconchego
Amante contente eu me vejo um donzel
Loucura me dopa, mui pleno o prazer
Paixão me entorpece, procuro o chamego
É forte, eu me curvo a tão grande querer
Refém desses laços, cegueira é fatal
Não deixa que eu fuja um sentir colossal
PURO MEL
No mar dos teus encantos mui feliz me banho
Nas águas desses beijos meu sorriso é pleno
Deleite me embevece, um prazer sem tamanho
Beleza incomparável brilha, fascinante
Diante dessa luz me sinto tão pequeno
Tu és meu elixir, musa revigorante
Estás no meu viver, dos sonhos és atriz
Um mel sem par no mundo o coração me diz
No mar dos teus encantos mui feliz me banho
Nas águas desses beijos meu sorriso é pleno
Deleite me embevece, um prazer sem tamanho
Beleza incomparável brilha, fascinante
Diante dessa luz me sinto tão pequeno
Tu és meu elixir, musa revigorante
Estás no meu viver, dos sonhos és atriz
Um mel sem par no mundo o coração me diz
VORAZ ARDÊNCIA
Dos lindos olhos flamejantes verte encanto
A chama forte é implacável... Incendeia!
Num laço intenso de paixão envolve... É teia!
Alcança a mente e coração... Pleno domínio!
Abraça o corpo e alma, impõe sem par fascínio
Entregue está um ser tomado por tal manto
Vem tomar posse do que é seu, voraz ardência
De perversão vem revestir minha inocência
Dos lindos olhos flamejantes verte encanto
A chama forte é implacável... Incendeia!
Num laço intenso de paixão envolve... É teia!
Alcança a mente e coração... Pleno domínio!
Abraça o corpo e alma, impõe sem par fascínio
Entregue está um ser tomado por tal manto
Vem tomar posse do que é seu, voraz ardência
De perversão vem revestir minha inocência
INSTINTO
Escondes nesse corpo, fino manto
As cores da mais pura donzelice
Permitas que navegue em tal encanto
Fascina-me a candura, essa meiguice
Do teu fatal sabor estou faminto
Desejo fenecer no doce enlace
Não posso resistir ao meu instinto
O brilho do querer tomou a face
Armaste uma delícia... Oh, nobre teia!
É natural, princesa, que me atraia
O meu pensar em ti, ledo, passeia
Tu és o mar revolto, eu sou a praia
Um beijo teu em mim, decerto enleia
De laço assim não há, amor, quem saia
As cores da mais pura donzelice
Permitas que navegue em tal encanto
Fascina-me a candura, essa meiguice
Do teu fatal sabor estou faminto
Desejo fenecer no doce enlace
Não posso resistir ao meu instinto
O brilho do querer tomou a face
Armaste uma delícia... Oh, nobre teia!
É natural, princesa, que me atraia
O meu pensar em ti, ledo, passeia
Tu és o mar revolto, eu sou a praia
Um beijo teu em mim, decerto enleia
De laço assim não há, amor, quem saia
NÁUFRAGO
Singrei diversas rotas solitário, errante
Ao longe, eu percebi um elixir olente
Imerso na magia desse fausto instante
No mar dos teus encantos naufraguei, contente
Tu foste desenhada com sem par requinte
Sereia dos meus sonhos, da beleza és fonte
Eu peço que concedas, se não for acinte
Um beijo carinhoso aqui na minha fronte
Não quero mais remar... Minh'alma vejo plena
Carente de motivos... Tenho a ti, menina
Domaste os furacões, vieste a mim serena
Dos teus lábios formosos a doçura emana
Tomara Deus que sejam minha eterna sina
De todo o meu pensar, amor, és soberana
Ao longe, eu percebi um elixir olente
Imerso na magia desse fausto instante
No mar dos teus encantos naufraguei, contente
Tu foste desenhada com sem par requinte
Sereia dos meus sonhos, da beleza és fonte
Eu peço que concedas, se não for acinte
Um beijo carinhoso aqui na minha fronte
Não quero mais remar... Minh'alma vejo plena
Carente de motivos... Tenho a ti, menina
Domaste os furacões, vieste a mim serena
Dos teus lábios formosos a doçura emana
Tomara Deus que sejam minha eterna sina
De todo o meu pensar, amor, és soberana
AROMA DA SEDUÇÃO
Nos verdes campos, lanço os olhos e te vejo
Por entre a relva, minha flor, mesmo à distância
Eu me entorpeço ao aspirar fina fragrãncia
Sentindo forte o batimento, então te almejo
Olor penetra o coração, logo versejo
Mesmo que tente, não resisto à elegância
Ès tão formosa, sem rival... Exuberância!
Do que resulta, meu amor, esse cortejo
Me entrego a ti, pois desse aroma sou escravo
És alimento, combustível... Te respiro!
Se vens a mim, fico feliz, esfuziante
Nossos momentos, com carinho sempre gravo
Rememorando as doces cenas, eu deliro
Desse perfume, eu quero ser o grande amante
Por entre a relva, minha flor, mesmo à distância
Eu me entorpeço ao aspirar fina fragrãncia
Sentindo forte o batimento, então te almejo
Olor penetra o coração, logo versejo
Mesmo que tente, não resisto à elegância
Ès tão formosa, sem rival... Exuberância!
Do que resulta, meu amor, esse cortejo
Me entrego a ti, pois desse aroma sou escravo
És alimento, combustível... Te respiro!
Se vens a mim, fico feliz, esfuziante
Nossos momentos, com carinho sempre gravo
Rememorando as doces cenas, eu deliro
Desse perfume, eu quero ser o grande amante
MEU ANJO
No teu sorriso vejo abertos os portais
O paraíso tu me trazes mui tranquila
Raios de luz a tua boca em mim destila
Feixes de encanto me atingem... São fatais!
Teus olhos lindos têm fulgor... Celestiais!
Eu vejo estrelas quando cada qual cintila
Passas por mim tal como deusa que desfila
Lacrimejante tu me deixas se te vais
Tão ébrio estou, embriagado c'a beleza
Quero ao teu lado aproveitar cada momento
Por onde andares, sem vacilo, amor, te sigo
Meu coração guarda pra ti um sentimento
Intensidade temperada com pureza
Eu te desejo eternamente aqui comigo
No teu sorriso vejo abertos os portais
O paraíso tu me trazes mui tranquila
Raios de luz a tua boca em mim destila
Feixes de encanto me atingem... São fatais!
Teus olhos lindos têm fulgor... Celestiais!
Eu vejo estrelas quando cada qual cintila
Passas por mim tal como deusa que desfila
Lacrimejante tu me deixas se te vais
Tão ébrio estou, embriagado c'a beleza
Quero ao teu lado aproveitar cada momento
Por onde andares, sem vacilo, amor, te sigo
Meu coração guarda pra ti um sentimento
Intensidade temperada com pureza
Eu te desejo eternamente aqui comigo
DEUS É TUA FORTALEZA
ELE nunca seus filhos desampara
No tormento, é refúgio e fortaleza
Sua mão nos acolhe na tristeza
As feridas que temos ELE sara
Essa luz tão intensa quanto clara
Como chama perene fica acesa
Ilumina teus passos com presteza
Proteção sempre alerta que não para
Se pedires ao Pai c'o coração
Acredites, na graça requerida
Certamente haverá intercessão
Se tens fé quando a prece é dirigida
Tu verás bem distante essa aflição
Louves Deus, o Pastor da tua vida
ELE nunca seus filhos desampara
No tormento, é refúgio e fortaleza
Sua mão nos acolhe na tristeza
As feridas que temos ELE sara
Essa luz tão intensa quanto clara
Como chama perene fica acesa
Ilumina teus passos com presteza
Proteção sempre alerta que não para
Se pedires ao Pai c'o coração
Acredites, na graça requerida
Certamente haverá intercessão
Se tens fé quando a prece é dirigida
Tu verás bem distante essa aflição
Louves Deus, o Pastor da tua vida
MINHA MUSA
Teu corpo na parede refletido
Atento, eu me deleito enquanto espio
Pecado curvilíneo, lindo, esguio
Dispara o coração enlouquecido
Por tanta perfeição sou envolvido
Mistura de emoções trouxe arrepio
Nem sei se deu calor ou calafrio
Mas algo diferente foi sentido
Tu tens na silhueta simetria
Beleza fascinante, irretocável
Formosa, teu desenho me enfeitiça
Além de seres bela, inda é amável
Por isso este escritor vendo se atiça
Feliz, canta-te, musa, em poesia
Teu corpo na parede refletido
Atento, eu me deleito enquanto espio
Pecado curvilíneo, lindo, esguio
Dispara o coração enlouquecido
Por tanta perfeição sou envolvido
Mistura de emoções trouxe arrepio
Nem sei se deu calor ou calafrio
Mas algo diferente foi sentido
Tu tens na silhueta simetria
Beleza fascinante, irretocável
Formosa, teu desenho me enfeitiça
Além de seres bela, inda é amável
Por isso este escritor vendo se atiça
Feliz, canta-te, musa, em poesia
UM ENCONTRO ESPECIAL
O quarto foi cenário de paixão
Fragrâncias de desejo embriagantes
Suspiros multicores delirantes
Dois corpos transbordando exaltação
Fascínio tomou conta dos amantes
Enlevo, amor, prazer, transpiração
Foi una e muito intensa a sensação
Momentos sem igual, extasiantes
Assim, tu me mostraste o paraíso
Tornaste o qu'eu sonhava bem real
Fizeste-me completo, um ser contente
Agora, quando penso em teu sorriso
Assisto aquele encontro especial
Que passa como filme em minha mente
O quarto foi cenário de paixão
Fragrâncias de desejo embriagantes
Suspiros multicores delirantes
Dois corpos transbordando exaltação
Fascínio tomou conta dos amantes
Enlevo, amor, prazer, transpiração
Foi una e muito intensa a sensação
Momentos sem igual, extasiantes
Assim, tu me mostraste o paraíso
Tornaste o qu'eu sonhava bem real
Fizeste-me completo, um ser contente
Agora, quando penso em teu sorriso
Assisto aquele encontro especial
Que passa como filme em minha mente
EU TE QUERO
Os nossos corações em sintonia
Palpitam no compasso da loucura
Paixão tão desvairada que anuncia
Irá recomeçar toda aventura
Vem cá realizar a fantasia
Espalha nos meus lábios a doçura
Perfuma esse meu corpo, contagia
Com seu frescor qual rosa, bela e pura
Estou a lhe esperar, doido, ansioso
E peço, por favor: linda, não tarde!
Senão eu vou morrer, tanto é o desejo
Não fico quieto, pois meu fogo arde
A hora de encontrar, amor, nem vejo
Pra dar um grande beijo bem gostoso
Os nossos corações em sintonia
Palpitam no compasso da loucura
Paixão tão desvairada que anuncia
Irá recomeçar toda aventura
Vem cá realizar a fantasia
Espalha nos meus lábios a doçura
Perfuma esse meu corpo, contagia
Com seu frescor qual rosa, bela e pura
Estou a lhe esperar, doido, ansioso
E peço, por favor: linda, não tarde!
Senão eu vou morrer, tanto é o desejo
Não fico quieto, pois meu fogo arde
A hora de encontrar, amor, nem vejo
Pra dar um grande beijo bem gostoso
AMOR FUGAZ
Manhã de sol, jardim lindo, vivaz
Meu pranto rega as rosas sorridentes
Porque lembro que tu por mim não sentes
O amor que - não sabia - era fugaz
Eu molho um beija-flor, aflito assaz
São lágrimas que caem, insistentes
Saudade dos teus ósculos ardentes
Consome o meu viver cruel, voraz
As marcas indeléveis dessa história
Açoitam o meu peito sofredor
Outrora tão feliz, leve, risonho
Momentos que ficaram na memória
Agora só me trazem grande dor
Pois eu ainda os vivo quando sonho
Manhã de sol, jardim lindo, vivaz
Meu pranto rega as rosas sorridentes
Porque lembro que tu por mim não sentes
O amor que - não sabia - era fugaz
Eu molho um beija-flor, aflito assaz
São lágrimas que caem, insistentes
Saudade dos teus ósculos ardentes
Consome o meu viver cruel, voraz
As marcas indeléveis dessa história
Açoitam o meu peito sofredor
Outrora tão feliz, leve, risonho
Momentos que ficaram na memória
Agora só me trazem grande dor
Pois eu ainda os vivo quando sonho
CREPÚSCULO
O céu do nosso amor está tingido
Um tom avermelhado se revela
O peito arde em dor, muito ferido
Capítulo final dessa novela
O brilho dos seus olhos escondido
Não tarda, sumirá junto com ela
Deixando um coração triste, partido
E a vida mais insossa, menos bela
Meus sonhos a sumir atrás do monte
Um fato de que estava temeroso
Ainda que durão, sem humildade
Consigo vislumbrar no horizonte
Esboço d'um futuro tormentoso
Firmeza que se esvai numa saudade
O céu do nosso amor está tingido
Um tom avermelhado se revela
O peito arde em dor, muito ferido
Capítulo final dessa novela
O brilho dos seus olhos escondido
Não tarda, sumirá junto com ela
Deixando um coração triste, partido
E a vida mais insossa, menos bela
Meus sonhos a sumir atrás do monte
Um fato de que estava temeroso
Ainda que durão, sem humildade
Consigo vislumbrar no horizonte
Esboço d'um futuro tormentoso
Firmeza que se esvai numa saudade
sexta-feira, 11 de junho de 2010
ÁGUAS DO PRAZER
Teu corpo é um rio formoso
De beleza sem rival
Envolvente, sensual
Sedutor e caudaloso
Singro, alegre, esses caminhos
Os meandros da paixão
Deslizando a embarcação
Nessas águas, meus carinhos
Na medida em que navego
Nas entranhas do prazer
Mais me vejo enlouquecer
Mais de mim amor entrego
Se naufrago em ti, portanto
Irei fenecer contente
Imergindo, vou em frente
Afogar-me em teu encanto
Teu corpo é um rio formoso
De beleza sem rival
Envolvente, sensual
Sedutor e caudaloso
Singro, alegre, esses caminhos
Os meandros da paixão
Deslizando a embarcação
Nessas águas, meus carinhos
Na medida em que navego
Nas entranhas do prazer
Mais me vejo enlouquecer
Mais de mim amor entrego
Se naufrago em ti, portanto
Irei fenecer contente
Imergindo, vou em frente
Afogar-me em teu encanto
CORAÇÃO ARREBATADO
Aspirei dos teus encantos, fiquei louco
Do feitiço desse aroma um vitimado
A tais laços me entreguei sem resistência
Ao sorver esse sabor... Que rara essência!
Invadiu meu coração arrebatado
A paixão que me domina pouco a pouco
Hoje sei o quanto é forte esse sentir
Porque vivo um sonho doce que não finda
Coisa igual ao nosso amor não vi ainda
Musa, face angelical, tu és tão linda
Uma estrela no meu céu a reluzir...
Aspirei dos teus encantos, fiquei louco
Do feitiço desse aroma um vitimado
A tais laços me entreguei sem resistência
Ao sorver esse sabor... Que rara essência!
Invadiu meu coração arrebatado
A paixão que me domina pouco a pouco
Hoje sei o quanto é forte esse sentir
Porque vivo um sonho doce que não finda
Coisa igual ao nosso amor não vi ainda
Musa, face angelical, tu és tão linda
Uma estrela no meu céu a reluzir...
MEU DEVANEIO
Infausta despedida me estilhaça
Delírio jaz n'olhar mui pluvial
D'angústia lancinante sou a caça
Saudade fez de mim manancial
Outrora de ventura a nossa senda
Carente agora está de encantamentos
Refúgio dos prazeres, hoje fenda
Na qual repousarão tristes lamentos
Feneço em desditosa solidão
Embora tente, amor, não assimilo
Apenas na lembrança em ti passeio
Nos sonhos me desfaço... Apelo vão!
Teu toque singular... Posso senti-lo
Envolto integralmente em devaneio
Infausta despedida me estilhaça
Delírio jaz n'olhar mui pluvial
D'angústia lancinante sou a caça
Saudade fez de mim manancial
Outrora de ventura a nossa senda
Carente agora está de encantamentos
Refúgio dos prazeres, hoje fenda
Na qual repousarão tristes lamentos
Feneço em desditosa solidão
Embora tente, amor, não assimilo
Apenas na lembrança em ti passeio
Nos sonhos me desfaço... Apelo vão!
Teu toque singular... Posso senti-lo
Envolto integralmente em devaneio
IDIOMA DO AMOR
Meu Éden, nesse olhar perco a razão
Trafego em sensações impetuosas
Das curvas aprazíveis brotam rosas
Volúpia irresistível, tentação...
Teu laço constringente é só doçura
Incônscio, embevecido, eu nada falo
Entregue aos teus caprichos qual vassalo
A seiva desses beijos m'enclausura
Palavras proferidas, desconexas
Traduzem sensações demais complexas
Presentes num encontro d'esplendor
Nos gestos que fizemos, o sintoma
Da manifestação d'um idioma
Sublime, puro e nobre: o nosso amor!
Meu Éden, nesse olhar perco a razão
Trafego em sensações impetuosas
Das curvas aprazíveis brotam rosas
Volúpia irresistível, tentação...
Teu laço constringente é só doçura
Incônscio, embevecido, eu nada falo
Entregue aos teus caprichos qual vassalo
A seiva desses beijos m'enclausura
Palavras proferidas, desconexas
Traduzem sensações demais complexas
Presentes num encontro d'esplendor
Nos gestos que fizemos, o sintoma
Da manifestação d'um idioma
Sublime, puro e nobre: o nosso amor!
UM ESCUDO APAIXONANTE
Eu sofro e te sigo... Tu és meu amor!
Fluzão, meu fascínio, resides no peito
Eu sei que és enorme e serás vencedor
Tu tens as três cores nas quais me deleito
Do mundo a torcida mais linda é a tua
Se for pro teu nome exaltar não enjeito
Se jogas minh'alma sorri e flutua
C'orgulho eu integro essa imensa Nação
E vibro a cantar nos estádios, na rua...
Dominas inteiro este meu coração
Estás no pensar, no viver, no agir
Tu és a loucura e fatal sedução
Prazer e alegria, remédio, elixir...
Do vício gostoso eu virei dependente
A cura rechaço e não vou desistir
De amar esse escudo tão belo, um presente!
Eu sofro e te sigo... Tu és meu amor!
Fluzão, meu fascínio, resides no peito
Eu sei que és enorme e serás vencedor
Tu tens as três cores nas quais me deleito
Do mundo a torcida mais linda é a tua
Se for pro teu nome exaltar não enjeito
Se jogas minh'alma sorri e flutua
C'orgulho eu integro essa imensa Nação
E vibro a cantar nos estádios, na rua...
Dominas inteiro este meu coração
Estás no pensar, no viver, no agir
Tu és a loucura e fatal sedução
Prazer e alegria, remédio, elixir...
Do vício gostoso eu virei dependente
A cura rechaço e não vou desistir
De amar esse escudo tão belo, um presente!
A VOLTA DOS GUERREIROS *
O peito de alegria é infestado
Orgulho em plenitude toma conta
Porque noto que o FLU, meu clube amado
Brilhante e mui valente ora desponta
Diante do que vejo no gramado
Equipe magistral forte se monta
Um quadro de guerreiros, bem treinado
Decerto vencedor, bravo, de ponta
Futuro nos reserva muitas glórias
Sorrisos estampados, vibração
Jornadas laureadas com vitórias
De aplausos recebendo um turbilhão
Terás exibições demais notórias
Por isso, és meu eterno amor, FLUZÃO!
_____________________________________________
* Soneto escrito logo após a recente vitória espetacular do FLU sobre o Atlético-MG.
O peito de alegria é infestado
Orgulho em plenitude toma conta
Porque noto que o FLU, meu clube amado
Brilhante e mui valente ora desponta
Diante do que vejo no gramado
Equipe magistral forte se monta
Um quadro de guerreiros, bem treinado
Decerto vencedor, bravo, de ponta
Futuro nos reserva muitas glórias
Sorrisos estampados, vibração
Jornadas laureadas com vitórias
De aplausos recebendo um turbilhão
Terás exibições demais notórias
Por isso, és meu eterno amor, FLUZÃO!
_____________________________________________
* Soneto escrito logo após a recente vitória espetacular do FLU sobre o Atlético-MG.
AMOR EM PROFUSÃO
Na luta inglória contra a emoção
Vi a razão cair por terra, enfim
E ser domada pelo coração
Você chegou... Me despedi de mim
A lucidez me abandonou, senhora
Foi sem aviso e eu fiquei assim
Esse clarão que traz a nova aurora
Desfralda um céu qu'é de dulçor profuso
Ao mesmo tempo o tino meu deflora
Nestes meandros corre o tal intruso
Arrebatando-me o suspiro intenso
O doce golpe, tão feliz, acuso
Faz-se presente no que sinto, penso
Essa candura sem igual no mundo
Dedico a ela o meu carinho imenso
Afeto, amor, do modo mais profundo
Na luta inglória contra a emoção
Vi a razão cair por terra, enfim
E ser domada pelo coração
Você chegou... Me despedi de mim
A lucidez me abandonou, senhora
Foi sem aviso e eu fiquei assim
Esse clarão que traz a nova aurora
Desfralda um céu qu'é de dulçor profuso
Ao mesmo tempo o tino meu deflora
Nestes meandros corre o tal intruso
Arrebatando-me o suspiro intenso
O doce golpe, tão feliz, acuso
Faz-se presente no que sinto, penso
Essa candura sem igual no mundo
Dedico a ela o meu carinho imenso
Afeto, amor, do modo mais profundo
MANTO DA BELEZA
Teu brilho se destaca na penumbra
Ostentas linda seda, pura e nobre
O servo dessa luz cá se deslumbra
Fitando a vestimenta que te cobre
Com charme especial, peculiar
Tecido ao chão... Atiças meu desejo
Imagem só presente no sonhar
Contente, entorpecido, agora vejo
Diante dos meus olhos desnudado
Um corpo sedutor, bem entalhado
Formoso e concebido com destreza
Da roupa, meu amor, te desfizeste
Percebo, abobalhado, que te veste
O manto natural dessa beleza
Teu brilho se destaca na penumbra
Ostentas linda seda, pura e nobre
O servo dessa luz cá se deslumbra
Fitando a vestimenta que te cobre
Com charme especial, peculiar
Tecido ao chão... Atiças meu desejo
Imagem só presente no sonhar
Contente, entorpecido, agora vejo
Diante dos meus olhos desnudado
Um corpo sedutor, bem entalhado
Formoso e concebido com destreza
Da roupa, meu amor, te desfizeste
Percebo, abobalhado, que te veste
O manto natural dessa beleza
PEDRA PRECIOSA
Explorador que sou encontro a mina
A reluzir me surge a joia rara
Meu coração, ao contemplar, dispara
Tanta a beleza que seduz, fascina
Tesouros lindos, explosão de brilhos
D'alta pureza a encantar o andante
Me vejo atônito naquele instante
Por um momento abandonei os trilhos
Em regozijo e dessa luz mui pleno
Logrei partir pr'a sideral viagem
Na qual notei o quanto és formosa
Felicidade, em venturoso aceno
Sorriu pra mim por meio dessa imagem
O teu olhar é pedra preciosa
Explorador que sou encontro a mina
A reluzir me surge a joia rara
Meu coração, ao contemplar, dispara
Tanta a beleza que seduz, fascina
Tesouros lindos, explosão de brilhos
D'alta pureza a encantar o andante
Me vejo atônito naquele instante
Por um momento abandonei os trilhos
Em regozijo e dessa luz mui pleno
Logrei partir pr'a sideral viagem
Na qual notei o quanto és formosa
Felicidade, em venturoso aceno
Sorriu pra mim por meio dessa imagem
O teu olhar é pedra preciosa
SOB OS OLHARES DO MAR
Um chão d'areia e murmurantes ondas
Num baile azul cuja beleza alegra
Gaivotas alvas... Regulares rondas
Perfeito palco para o amor sem regra
Corpos unidos em total carência
Loucura exalam... Avidez gigante!
Devoradores de delícia, ardência
Tornam eterno o efervecente instante
Marinha brisa embala os personagens
Naquele dia, lindo, inesquecível
Vivendo enlevo em alto patamar
Dourado rei do céu registra imagens
Atores faustos numa cena incrível
Sob os cuidados d'um imenso mar
Um chão d'areia e murmurantes ondas
Num baile azul cuja beleza alegra
Gaivotas alvas... Regulares rondas
Perfeito palco para o amor sem regra
Corpos unidos em total carência
Loucura exalam... Avidez gigante!
Devoradores de delícia, ardência
Tornam eterno o efervecente instante
Marinha brisa embala os personagens
Naquele dia, lindo, inesquecível
Vivendo enlevo em alto patamar
Dourado rei do céu registra imagens
Atores faustos numa cena incrível
Sob os cuidados d'um imenso mar
SINTOMAS DA PAIXÃO
Despido do recato e mergulhado
Nas águas envolventes da loucura
Estou completamente apaixonado
Em ti vejo pureza e formosura
Dotaste o sonho meu de claridade
És nuvem d'algodão, rara brancura
Sentires da maior intensidade
Dominam meu flechado coração
Que pulsa só por ti, minha beldade
Instantes sem teu toque, a tua mão
Eternos aparentam, são pungentes
Navego nos meandros da aflição
Teus beijos, teus abraços envolventes
Me fazem flutuar em alegria
Contigo viverei momentos quentes
Repletos de delícia e de magia
Despido do recato e mergulhado
Nas águas envolventes da loucura
Estou completamente apaixonado
Em ti vejo pureza e formosura
Dotaste o sonho meu de claridade
És nuvem d'algodão, rara brancura
Sentires da maior intensidade
Dominam meu flechado coração
Que pulsa só por ti, minha beldade
Instantes sem teu toque, a tua mão
Eternos aparentam, são pungentes
Navego nos meandros da aflição
Teus beijos, teus abraços envolventes
Me fazem flutuar em alegria
Contigo viverei momentos quentes
Repletos de delícia e de magia
VEM, PRINCESA!
Dos seus lábios, princesa, estou faminto
Açoita-me a saudade impiedosa
Que dentro do meu ser, aflito, sinto
Carinho a mim não negue, linda rosa
Não deixe aqui brotar a desventura
Oh, flor dos meus pensares, tão formosa...
Acolha-me nos braços com ternura
Permita que feneça a solidão
No brilho desse olhar, total doçura
Fulgor a encher de luz meu coração
Dos seus lábios, princesa, estou faminto
Açoita-me a saudade impiedosa
Que dentro do meu ser, aflito, sinto
Carinho a mim não negue, linda rosa
Não deixe aqui brotar a desventura
Oh, flor dos meus pensares, tão formosa...
Acolha-me nos braços com ternura
Permita que feneça a solidão
No brilho desse olhar, total doçura
Fulgor a encher de luz meu coração
COMETA PAIXÃO
Dos insanos encontros, amor
Eu recordo, ora são nostalgia
Dois amantes em pleno furor
Num delírio sem par, fantasia
Nos momentos de intenso torpor
Que era eterno o sentir me dizia
Na verdade, uma efêmera cor
Nossas vidas outrora tingia
Um cometa me fez a visita
A saudade deixando, infinita
Céu rasgou e se foi pra distante
A tristeza meu peito permeia
Que nas trevas da dor devaneia
Sem a luz da paixão fulgurante
Dos insanos encontros, amor
Eu recordo, ora são nostalgia
Dois amantes em pleno furor
Num delírio sem par, fantasia
Nos momentos de intenso torpor
Que era eterno o sentir me dizia
Na verdade, uma efêmera cor
Nossas vidas outrora tingia
Um cometa me fez a visita
A saudade deixando, infinita
Céu rasgou e se foi pra distante
A tristeza meu peito permeia
Que nas trevas da dor devaneia
Sem a luz da paixão fulgurante
DOCES NUVENS
Nas tuas curvas meu pensar derrapa
Tropegamente, alcança o teu sorriso
Como presente tu me deste o mapa
Que me orienta rumo ao paraíso
Tento esconder, mas um suspiro escapa
Em doces nuvens, meu amor, deslizo
Vieste a mim, faceira e à socapa
Me dominaste sem dar prévio aviso
No mel sem par dessa viagem vejo
Um turbilhão de encantamento e luz
Ingredientes para o meu desejo
Nas linhas frágeis e sinceras ponho
Singelo preito a quem só me seduz
E faz da vida o meu eterno sonho
Nas tuas curvas meu pensar derrapa
Tropegamente, alcança o teu sorriso
Como presente tu me deste o mapa
Que me orienta rumo ao paraíso
Tento esconder, mas um suspiro escapa
Em doces nuvens, meu amor, deslizo
Vieste a mim, faceira e à socapa
Me dominaste sem dar prévio aviso
No mel sem par dessa viagem vejo
Um turbilhão de encantamento e luz
Ingredientes para o meu desejo
Nas linhas frágeis e sinceras ponho
Singelo preito a quem só me seduz
E faz da vida o meu eterno sonho
À DERIVA
Num barco à deriva
Navega no escuro
A dor é bem viva
Quiçá no futuro
Aviste seu porto
Mui lindo e seguro
Caminho tão torto
Reveses, viradas
Total desconforto
Sementes lançadas
Lamento se planta
Nas águas singradas
O fel se agiganta
A névoa se avulta
A fé lhe acalanta
A Deus Pai escuta
Não perde a esperança
Aguarda a bonança
Num barco à deriva
Navega no escuro
A dor é bem viva
Quiçá no futuro
Aviste seu porto
Mui lindo e seguro
Caminho tão torto
Reveses, viradas
Total desconforto
Sementes lançadas
Lamento se planta
Nas águas singradas
O fel se agiganta
A névoa se avulta
A fé lhe acalanta
A Deus Pai escuta
Não perde a esperança
Aguarda a bonança
RESQUÍCIOS
A brisa negra fere qual adaga
Noites de insônia em que a saudade afaga
Deixando ao léu meus beijos e abraços
Sem conseguir te libertar do peito
Em sonhos vãos, teimoso me deleito
Viajo até imaginar teus traços
Sem chão, divago nas recordações
Aos teus resquícios ora estou entregue
Raras delícias, doces sensações
Minh'alma tola essa ilusão persegue
A brisa negra fere qual adaga
Noites de insônia em que a saudade afaga
Deixando ao léu meus beijos e abraços
Sem conseguir te libertar do peito
Em sonhos vãos, teimoso me deleito
Viajo até imaginar teus traços
Sem chão, divago nas recordações
Aos teus resquícios ora estou entregue
Raras delícias, doces sensações
Minh'alma tola essa ilusão persegue
LASSIDÃO
Um cheiro de jasmim perfuma o quarto
Envoltos em carinhos nos amamos
Prazer em profusão, intenso e farto
Invade, entorpecente, e deliramos
Paixão dominadora, linda e cega
Transporta para o mundo da magia
Loucuras mil dominam... Plena entrega!
A lassidão dos corpos denuncia
Olhares no silêncio se entrecruzam
Jorrando essas palavras não ouvidas
As quais um regozijo imenso acusam
Ficou doce registro na memória
Das fortes emoções ali sentidas
Um marco dessa bela e meiga história
Um cheiro de jasmim perfuma o quarto
Envoltos em carinhos nos amamos
Prazer em profusão, intenso e farto
Invade, entorpecente, e deliramos
Paixão dominadora, linda e cega
Transporta para o mundo da magia
Loucuras mil dominam... Plena entrega!
A lassidão dos corpos denuncia
Olhares no silêncio se entrecruzam
Jorrando essas palavras não ouvidas
As quais um regozijo imenso acusam
Ficou doce registro na memória
Das fortes emoções ali sentidas
Um marco dessa bela e meiga história
TRISTE RAMALHETE
Nas pétalas dum triste ramalhete
Repousa meu lamento inconsolado
Pranteiam pobres letras no bilhete
No qual me declarei ao ser amado
Da luz do teu sorriso nem filete
Abraça o rosto meu sombrio, molhado
Servido agora fui desse banquete
C'o coração demais despedaçado
Feneço sufocado, entristecido
A névoa no horizonte só se adensa
No sal do desengano estou perdido
Saudade me angustia, tão intensa
Lembrança do teu beijo... Que doído!
O louco noutra coisa, amor, não pensa
Nas pétalas dum triste ramalhete
Repousa meu lamento inconsolado
Pranteiam pobres letras no bilhete
No qual me declarei ao ser amado
Da luz do teu sorriso nem filete
Abraça o rosto meu sombrio, molhado
Servido agora fui desse banquete
C'o coração demais despedaçado
Feneço sufocado, entristecido
A névoa no horizonte só se adensa
No sal do desengano estou perdido
Saudade me angustia, tão intensa
Lembrança do teu beijo... Que doído!
O louco noutra coisa, amor, não pensa
O TOQUE DE DEUS
Elevo aos céus o pensamento e peço
Pr'os dias meus a proteção Divina
Rogando ao Pai a chama que ilumina
O meu tormento ao Criador confesso
No coração ELE tem livre ingresso
Irá guiar meus passos na rotina
O mal se vai quando ELE determina
É consequência paz, amor, sucesso
Onipresente, DEUS está comigo
Onipotente, livra do perigo
É mão que cura, embala e acalanta
Felicidade é ser de SEU rebanho
E contemplar bondade sem tamanho
Ao caminhar pela vereda SANTA
Elevo aos céus o pensamento e peço
Pr'os dias meus a proteção Divina
Rogando ao Pai a chama que ilumina
O meu tormento ao Criador confesso
No coração ELE tem livre ingresso
Irá guiar meus passos na rotina
O mal se vai quando ELE determina
É consequência paz, amor, sucesso
Onipresente, DEUS está comigo
Onipotente, livra do perigo
É mão que cura, embala e acalanta
Felicidade é ser de SEU rebanho
E contemplar bondade sem tamanho
Ao caminhar pela vereda SANTA
sábado, 6 de março de 2010
DILACERANTE
Rompe as raias da razão
Rasga o manto da prudência
Furta a minha consciência
Oh, fada da perdição!
Retira, completo, o tino
Impedindo qu'eu reflita
A loucura em mim milita
Sensatez ora abomino
Perverte com brevidade
Meu juízo vacilante
Rouba-me a serenidade
Tenho um'alma delirante
Em plena saciedade
Seu sumo é dilacerante
__________________________________
Publicado no Recanto das Letras em 02/03/2010
http://recantodasletras.uol.com.br/sonetos/2115546
Rompe as raias da razão
Rasga o manto da prudência
Furta a minha consciência
Oh, fada da perdição!
Retira, completo, o tino
Impedindo qu'eu reflita
A loucura em mim milita
Sensatez ora abomino
Perverte com brevidade
Meu juízo vacilante
Rouba-me a serenidade
Tenho um'alma delirante
Em plena saciedade
Seu sumo é dilacerante
__________________________________
Publicado no Recanto das Letras em 02/03/2010
http://recantodasletras.uol.com.br/sonetos/2115546
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
SALMO 23 EM VERSOS
Acredito no Senhor
Porque Ele é meu Pastor
E o meu Seguro Porto
Sua Mão abençoada
Não me deixa faltar nada
Com ela tenho conforto
Em verdes pastos me deita
Minh'alma mui satisfeita
Agradece imensamente
Oh, Força que me alivia!
Às águas tranquilas guia
Cuidadosa e mansamente
Toma conta do meu ser
Refrigera meu viver
Ilumina e me conduz
Por amor do Santo Nome
Faz a direção qu'eu tome
Ter justiça e muita luz
Se andar por entre a treva
Eu bem sei que o Pai me leva
Dando a Sua proteção
Caminhando do meu lado
Empunhando Seu cajado
Amparo sem restrição
Prepara, ante oponente
A mesa na minha frente
Com óleo, unge a cabeça
O meu cálice transborda
Guarda-me de toda horda
Nenhum mal me aconteça
Durante minh'existência
A graça e benevolência
Estarão sempre comigo
Longos dias morarei
Na casa do Grande Rei
E, por isso, eu Lhe bendigo
_______________________
Publicado no Recanto das Letras em 18/02/2010
http://recantodasletras.uol.com.br/cordel/2092927
Acredito no Senhor
Porque Ele é meu Pastor
E o meu Seguro Porto
Sua Mão abençoada
Não me deixa faltar nada
Com ela tenho conforto
Em verdes pastos me deita
Minh'alma mui satisfeita
Agradece imensamente
Oh, Força que me alivia!
Às águas tranquilas guia
Cuidadosa e mansamente
Toma conta do meu ser
Refrigera meu viver
Ilumina e me conduz
Por amor do Santo Nome
Faz a direção qu'eu tome
Ter justiça e muita luz
Se andar por entre a treva
Eu bem sei que o Pai me leva
Dando a Sua proteção
Caminhando do meu lado
Empunhando Seu cajado
Amparo sem restrição
Prepara, ante oponente
A mesa na minha frente
Com óleo, unge a cabeça
O meu cálice transborda
Guarda-me de toda horda
Nenhum mal me aconteça
Durante minh'existência
A graça e benevolência
Estarão sempre comigo
Longos dias morarei
Na casa do Grande Rei
E, por isso, eu Lhe bendigo
_______________________
Publicado no Recanto das Letras em 18/02/2010
http://recantodasletras.uol.com.br/cordel/2092927
BEIJA-ME
Venha beijar minh'ansiosa face
Em mim derrame raro e bom perfume
Meu pensamento agora se resume
Nos lábios seus, delicioso enlace
Suave, intenso... Refrigera, esquenta...
De qualquer forma é fascinante o toque
Amor, imensa perdição provoque
Com essa boca em trajetória lenta
Desenhe o mel em profusão no riso
Traga torpor nessas palavras belas
Fatal cenário a me furtar o siso
Esses contornos são diletas celas
Pura expressão de alegre paraíso
Um lindo mar onde não há procelas
Venha beijar minh'ansiosa face
Em mim derrame raro e bom perfume
Meu pensamento agora se resume
Nos lábios seus, delicioso enlace
Suave, intenso... Refrigera, esquenta...
De qualquer forma é fascinante o toque
Amor, imensa perdição provoque
Com essa boca em trajetória lenta
Desenhe o mel em profusão no riso
Traga torpor nessas palavras belas
Fatal cenário a me furtar o siso
Esses contornos são diletas celas
Pura expressão de alegre paraíso
Um lindo mar onde não há procelas
___________________________
Publicado no Recanto das Letras em 19/02/2010
SONHANDO COM CASTELOS
As flores do jardim frio e cinzento
Escutam d'alma aflita seu lamento
Nas gotas copiosas... Triste choro!
Nem nota, em sinfonia, os rouxinóis
Domina seu pensar idos faróis
Um beijo traz alento em forte coro
Embarca nessas folhas viajantes
Desejos mui antigos, delirantes
Num sopro entrega ao vento seu destino
Partindo, tal sonhar ao léu se lança
Inflado pela força da esperança
Que rege integralmente esse menino
Contempla os céus ganhar o pleito seu
Anseia agudamente um apogeu
Castelos majestosos mentaliza
Um ser contaminado de alegria
C'o mundo, radiante, em sintonia
Aguarda... Dia desses concretiza!
As flores do jardim frio e cinzento
Escutam d'alma aflita seu lamento
Nas gotas copiosas... Triste choro!
Nem nota, em sinfonia, os rouxinóis
Domina seu pensar idos faróis
Um beijo traz alento em forte coro
Embarca nessas folhas viajantes
Desejos mui antigos, delirantes
Num sopro entrega ao vento seu destino
Partindo, tal sonhar ao léu se lança
Inflado pela força da esperança
Que rege integralmente esse menino
Contempla os céus ganhar o pleito seu
Anseia agudamente um apogeu
Castelos majestosos mentaliza
Um ser contaminado de alegria
C'o mundo, radiante, em sintonia
Aguarda... Dia desses concretiza!
______________________________
Publicado no Recanto das Letras em 20/02/2010
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