Esse encanto sem par me extasia
E conduz aos portais do pecado
Plenamente envolvido, abismado
Sou refém duma rara euforia
Provocante, tu és a culpada
Das torrentes de amor, desvario
Tua ausência produz um vazio
Meiga flor, em meu ser tatuada
Aspirando o frescor desse aroma
Enclausuro-me em doce redoma
Onde encontro um prazer colossal
Quando imerso nas cores da bruma
Que meus passos domina e perfuma
Provo, enfim, d'alegria integral
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
SOZINHO
A noite é só tristeza, gelidez
D'olhos cerrados penso em meu jardim
Na rosa outrora leda há lividez
Esvai-se das quimeras o carmim
Imane, a solidão fustiga, atroz
Saudade, sorrateira, ao peito vem
Choroso, posso ouvir a tua voz
Sussurro aveludado, amor, meu bem
Conquanto aquele adeus me seja amargo
Alenta-me o "talvez" no riso largo
Impresso em teu olhar quando partiste
As gotas verdadeiras deste pranto
Exalam esperança e, por enquanto
A chama dum sentir nobre resiste
D'olhos cerrados penso em meu jardim
Na rosa outrora leda há lividez
Esvai-se das quimeras o carmim
Imane, a solidão fustiga, atroz
Saudade, sorrateira, ao peito vem
Choroso, posso ouvir a tua voz
Sussurro aveludado, amor, meu bem
Conquanto aquele adeus me seja amargo
Alenta-me o "talvez" no riso largo
Impresso em teu olhar quando partiste
As gotas verdadeiras deste pranto
Exalam esperança e, por enquanto
A chama dum sentir nobre resiste
IRRESISTÍVEL ENCANTO
Na seda passeio
Um jorro d'enleio
Produzes, senhora
Paixão, feito um raio
Atinge-me, caio
O meu riso aflora
Dulçor, maciez
Opípara tez
Um jorro d'enleio
Produzes, senhora
Paixão, feito um raio
Atinge-me, caio
O meu riso aflora
Dulçor, maciez
Opípara tez
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
TUA AUSÊNCIA
Pensando em teus beijos meus versos componho
As letras exalam do amor a fragrância
Perante a saudade que gera a distância
A voz de minh'alma traduzo tristonho
Da verve prolífica é fonte essa ausência
Envolto n'angústia divago sozinho
Que falta tu fazes aqui neste ninho
N'outrora recanto de riso há dolência
Da senda das trevas me torno um passante
Olhar no horizonte deveras perdido
Degusto, sem norte, esse fel torturante
Cultivo o desejo dum breve regresso
Devolvas, paixão, meu jardim colorido
Habitas em mim, sempre e sempre, confesso
As letras exalam do amor a fragrância
Perante a saudade que gera a distância
A voz de minh'alma traduzo tristonho
Da verve prolífica é fonte essa ausência
Envolto n'angústia divago sozinho
Que falta tu fazes aqui neste ninho
N'outrora recanto de riso há dolência
Da senda das trevas me torno um passante
Olhar no horizonte deveras perdido
Degusto, sem norte, esse fel torturante
Cultivo o desejo dum breve regresso
Devolvas, paixão, meu jardim colorido
Habitas em mim, sempre e sempre, confesso
O BARBEIRO DESCONFIADO
Ao barbeiro pergunta o cliente:
"Tu me atendes agora? É urgente"
Ele diz: "duas horas demora"
Ao ouvir a resposta o sujeito
Demonstrando ficar satisfeito
Vira as costas, dali vai embora
Noutro dia, voltando ao salão
Perguntou esse tal cidadão:
"Quanto tempo eu espero o serviço?"
O barbeiro diz: "não me aperreia
Só daqui a duas horas e meia"
"Ah, não posso, por ter compromisso..."
Todo dia essa história é igual
O cliente chegando ao local
A pergunta repete e se manda
O barbeiro, intrigado c'a cena
O ajudante fiel logo ordena:
"Siga o cara pra ver onde anda"
Gargalhando, retorna o empregado
Curioso, o barbeiro: "prezado,
Onde foi o babaca, oh, irmão?"
"Eu segui o maluco de perto
O roteiro já está descoberto
Sua casa é o destino, patrão..."
"Tu me atendes agora? É urgente"
Ele diz: "duas horas demora"
Ao ouvir a resposta o sujeito
Demonstrando ficar satisfeito
Vira as costas, dali vai embora
Noutro dia, voltando ao salão
Perguntou esse tal cidadão:
"Quanto tempo eu espero o serviço?"
O barbeiro diz: "não me aperreia
Só daqui a duas horas e meia"
"Ah, não posso, por ter compromisso..."
Todo dia essa história é igual
O cliente chegando ao local
A pergunta repete e se manda
O barbeiro, intrigado c'a cena
O ajudante fiel logo ordena:
"Siga o cara pra ver onde anda"
Gargalhando, retorna o empregado
Curioso, o barbeiro: "prezado,
Onde foi o babaca, oh, irmão?"
"Eu segui o maluco de perto
O roteiro já está descoberto
Sua casa é o destino, patrão..."
INDOMÁVEL PAIXÃO
O coração teu belo rastro, anjo, conserva
Essa lembrança tão gostosa me inebria
Fazer amor rompendo rédeas, sem reserva
É meu desejo recorrente, há nostalgia
Olhares sôfregos, nas mãos inquietude
Blandiciosa a me tomar completamente
Entre sussurros e arrepios plenitude
Paixão indômita exalada... Como é quente!
Na pele, eflúvio de delírio, olores nobres
Satisfação no riso largo é estampada
Envergo o manto do prazer com que me cobres
Verto langor nos braços teus, oh, minha amada!
Preso em teu laço, vejo a vida ter mais cor
Dia após dia, sorvo em sonho esse sabor
Essa lembrança tão gostosa me inebria
Fazer amor rompendo rédeas, sem reserva
É meu desejo recorrente, há nostalgia
Olhares sôfregos, nas mãos inquietude
Blandiciosa a me tomar completamente
Entre sussurros e arrepios plenitude
Paixão indômita exalada... Como é quente!
Na pele, eflúvio de delírio, olores nobres
Satisfação no riso largo é estampada
Envergo o manto do prazer com que me cobres
Verto langor nos braços teus, oh, minha amada!
Preso em teu laço, vejo a vida ter mais cor
Dia após dia, sorvo em sonho esse sabor
FEITIÇO
Amor, provocas calafrio
Se me embriago do teu sumo
Se de teus beijos me perfumo
Se no teu corpo me sacio
Amor, injetas alegrias
Quando me exploras sobre a cama
Quando alimentas essa chama
Quando meu ego acaricias
És tão fatal, és tão leveza
Quanto primor, quanta beleza
Fulges ferina, angelical
Inteiramente enfeitiçado
Por ti fiquei enamorado
Raro sentir, descomunal...
Se me embriago do teu sumo
Se de teus beijos me perfumo
Se no teu corpo me sacio
Amor, injetas alegrias
Quando me exploras sobre a cama
Quando alimentas essa chama
Quando meu ego acaricias
És tão fatal, és tão leveza
Quanto primor, quanta beleza
Fulges ferina, angelical
Inteiramente enfeitiçado
Por ti fiquei enamorado
Raro sentir, descomunal...
LEDA PERDIÇÃO
Não raro, aqui me flagro divagando
Sem ter dessas viagens o comando
Mergulho desvairado em mel, rainha
Dos passos meus, amor, tomaste conta
Num belo colorido a flor desponta
A seiva da paixão n'alma caminha
A luz do teu sorriso está tingindo
O ledo pensamento... É tudo lindo!
Envolve-me a brandura, em mim se entranha
Envergas a mais nobre vestimenta
A tua pele a sedução ostenta
Vassalo estou... Que perdição tamanha!
Sem ter dessas viagens o comando
Mergulho desvairado em mel, rainha
Dos passos meus, amor, tomaste conta
Num belo colorido a flor desponta
A seiva da paixão n'alma caminha
A luz do teu sorriso está tingindo
O ledo pensamento... É tudo lindo!
Envolve-me a brandura, em mim se entranha
Envergas a mais nobre vestimenta
A tua pele a sedução ostenta
Vassalo estou... Que perdição tamanha!
OS AMIGOS E O LEÃO
Dois caras procuravam aventura
Bolaram um programa bem bacana
Por meses foi juntada alguma grana
A meta: descansar da lida dura
Querendo conhecer terra africana
A dupla desembarca e... Que loucura!
Em certa ocasião prova d'agrura
Persegue-lhe um leão desde a savana
Um deles, muito calmo, abre a mochila
Surpreso, o outro diz: "Que presepada!"
Ao ver um par de tênis de corrida
"Não corre mais que o bicho... Não vacila!"
E aquele, retrucando: "camarada,
Correr mais que você me salva a vida..."
_________________________________
Adaptação de piada
Bolaram um programa bem bacana
Por meses foi juntada alguma grana
A meta: descansar da lida dura
Querendo conhecer terra africana
A dupla desembarca e... Que loucura!
Em certa ocasião prova d'agrura
Persegue-lhe um leão desde a savana
Um deles, muito calmo, abre a mochila
Surpreso, o outro diz: "Que presepada!"
Ao ver um par de tênis de corrida
"Não corre mais que o bicho... Não vacila!"
E aquele, retrucando: "camarada,
Correr mais que você me salva a vida..."
_________________________________
Adaptação de piada
MARCA DO PRAZER
Nos lábios vorazes
A cor do desejo
Dissipa-se o pejo
Carícias audazes
Qual ser uno, rijo
Dois corpos ferozes
Uníssonas vozes
Fatal regozijo
Nos quentes abraços
Já lânguidos, lassos
Exalam dulçor
Delírios confessos
Em risos impressos
Na face do amor
A cor do desejo
Dissipa-se o pejo
Carícias audazes
Qual ser uno, rijo
Dois corpos ferozes
Uníssonas vozes
Fatal regozijo
Nos quentes abraços
Já lânguidos, lassos
Exalam dulçor
Delírios confessos
Em risos impressos
Na face do amor
DELÍRIOS
Trafego pelas sendas tão sombrias
Suplico algum alento em noites frias
Qual ave desgarrada ao vento errante
Imerso em sal, tristonho, sou lamento
Povoas, mesmo longe, o pensamento
Açoita-me a saudade, lacerante
Quão acres se revelam meus caminhos
Perdido nas agruras dos espinhos
Degusto nas quimeras teus carinhos
Vivaz ficaste em mim, mui flamejante...
Suplico algum alento em noites frias
Qual ave desgarrada ao vento errante
Imerso em sal, tristonho, sou lamento
Povoas, mesmo longe, o pensamento
Açoita-me a saudade, lacerante
Quão acres se revelam meus caminhos
Perdido nas agruras dos espinhos
Degusto nas quimeras teus carinhos
Vivaz ficaste em mim, mui flamejante...
DOCE ROMANCE
O sorriso no meu rosto era disfarce
Amargura foi profusa em minha essência
Sufocava o coração forte dolência
Nos teus beijos imergi... Vi-me em catarse
Não mais vejo infausta dor, nem de relance
Não mais tenho dos fantasmas a solércia
Fui desperto d'agonia, triste inércia
Pra viver intensamente esse romance
Sorvo as luzes dum sublime amor, virente
Alimentam minha vida ora ridente
Os carinhos com que tu me presenteias
Escrevemos doravante um lindo conto
Oh, senhora, com certeza me desmonto
Ao falar do meu prazer nas doces teias
Amargura foi profusa em minha essência
Sufocava o coração forte dolência
Nos teus beijos imergi... Vi-me em catarse
Não mais vejo infausta dor, nem de relance
Não mais tenho dos fantasmas a solércia
Fui desperto d'agonia, triste inércia
Pra viver intensamente esse romance
Sorvo as luzes dum sublime amor, virente
Alimentam minha vida ora ridente
Os carinhos com que tu me presenteias
Escrevemos doravante um lindo conto
Oh, senhora, com certeza me desmonto
Ao falar do meu prazer nas doces teias
ESSE GOSTAVA DA SOGRA
Pra saber da sogra enferma
O cara vai no hospital
Na volta, chega a esposa:
"E aí? Mamãe tá mal?"
E ele: "pelo contrário"
Já vai ter alta, afinal"
"Com saúde colossal
Terá vivência estendida
Depois vem morar aqui
Pelo restante da vida
Está muito firme, forte
Eu asseguro, querida"
Uma alegria incontida
Aquela mulher inunda
Contudo, ela muito estranha
Uma dúvida a circunda:
"Ontem mesmo estive lá
E vi mamãe moribunda"
Demonstrando dor profunda
O sujeito diz assim:
"Ontem, de fato, não sei
Se ela estava ruim
Mas hoje disse o doutor:
'Meu estimado senhor
Esteja bem preparado
Eu tenho que lhe dizer
O pior vai ocorrer
Sinto muito, meu prezado' "
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Adaptação de piada
O cara vai no hospital
Na volta, chega a esposa:
"E aí? Mamãe tá mal?"
E ele: "pelo contrário"
Já vai ter alta, afinal"
"Com saúde colossal
Terá vivência estendida
Depois vem morar aqui
Pelo restante da vida
Está muito firme, forte
Eu asseguro, querida"
Uma alegria incontida
Aquela mulher inunda
Contudo, ela muito estranha
Uma dúvida a circunda:
"Ontem mesmo estive lá
E vi mamãe moribunda"
Demonstrando dor profunda
O sujeito diz assim:
"Ontem, de fato, não sei
Se ela estava ruim
Mas hoje disse o doutor:
'Meu estimado senhor
Esteja bem preparado
Eu tenho que lhe dizer
O pior vai ocorrer
Sinto muito, meu prezado' "
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Adaptação de piada
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