quarta-feira, 4 de agosto de 2010

INSTINTO

Escondes nesse corpo, fino manto
As cores da mais pura donzelice
Permitas que navegue em tal encanto
Fascina-me a candura, essa meiguice

Do teu fatal sabor estou faminto
Desejo fenecer no doce enlace
Não posso resistir ao meu instinto
O brilho do querer tomou a face

Armaste uma delícia... Oh, nobre teia!
É natural, princesa, que me atraia
O meu pensar em ti, ledo, passeia

Tu és o mar revolto, eu sou a praia
Um beijo teu em mim, decerto enleia
De laço assim não há, amor, quem saia

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