quinta-feira, 25 de novembro de 2010

AMBIGUIDADE

Por entre mistérios a pena vagueia
Em cada recanto descobre jazidas
Profusas belezas emanam luzidas
São cores e lumes jorrando da veia

Quão ricos cenários, deleito-me lasso
As letras se alegram, sorri o meu estro
Do verso em concerto teu brilho é maestro
Ambíguos sentires... Sou puro e devasso!

Formosa princesa, motivas o bardo
Seduzes mesclando fulgor e inocência
Nas curvas fatais e na cândida essência
Destarte, contente te exalto... Não tardo!

Palavras derivam do raro esplendor
Com que tu tingiste estas linhas, amor

terça-feira, 23 de novembro de 2010

AUDACIOSA

O torpor de engenhosa carícia
Dos meus olhos as nuvens desfaz
Esse toque frenético, edaz
Que fascínio, gostosa perícia!

Como quero o calor dessa audácia
O carinho enlaçando a cerviz
Bem assim os sussurros sutis
Pra minh'alma elixir de eficácia

Pura seda, arrebata-me o siso
Meu pensar viajante, impreciso
É refém da leveza da tez

Na viveza constante me aprazo
Tu fizeste mais fausto o parnaso
Sou brinquedo da tua avidez

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MEU FAROL

Desperto sob a luz dos teus afagos
Aromas entorpecem meus sentidos
Em doses generosas são servidos
Voraz, meu coração se farta em tragos

Infausto pranto e dor pus em jazigos
Logrei deste jardim ver extirpados
Estão no esquecimento sepultados
Nos beijos doravante tenho abrigos

A cada alvorecer vejo mais bela
Vereda colorida em que cintila
Não canso, minha estrela, de exaltá-la

O brado da querença logo cala
A brisa desse amor em mim sibila
Na doce e terna cena feito tela

terça-feira, 16 de novembro de 2010

MORREU DE ESTILINGADA...

A viuvinha, triste, choraminga
Sobre o caixão do amado, falecido:
"Qual passarinho foi-se o meu marido"
Eis que lhe ouve um bebedor de pinga

Logo em seguida, chega no recinto
Outro sujeito cheio da manguaça
Pergunta ao seu confrade de cachaça:
"Como morreu esse senhor distinto?"

O pé-de-cana que adentrou primeiro
Do qu'escutou já se lembrou de pronto
Foi prestativo c'o seu camarada:

"Eu vou dizer para você, parceiro
E não duvide do que agora conto
Segundo a dama, foi de estilingada"

CANÇÃO DO ETÍLICO

Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar
Com a conta não me venham
Pois aqui eu vou ficar

As caninhas, vou bebê-las
Aprecio seus sabores
Ponham cá uma bebida
Seja rum, vinhos, licores

S'eu deixar fiado, anotem
Dia desses vou pagar
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar

Tira-gosto, meus senhores
Por favor, vão preparar
S'eu deixar fiado, anotem
Dia desses vou pagar
Nem que desça a saideira
Eu arredo deste bar

Não me peçam que eu corra
Estes copos vou secar
Eu falei para os senhores
Meu negócio é entornar
Mesmo com a saideira
Não arredo deste bar


* Paródia do poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias.

SONETO DA INFIDELIDADE

Tu trazes um pavor, muito tormento
Vesga, cheia de pelo, o meu espanto
Te ver me tira a fome enquanto janto
E quando estás na sala eu nem me sento

Não queiras lá na praça um cumprimento
Até que sou bonzinho, mas não santo
Pra rua, só te levo sob um manto
Porque se te mostrar... Constrangimento

Não há neste mundão alguém que ature
E nisso aí me enquadro, inclusive
Pior é me deitar na mesma cama

Não gastes teu 'dindin' com detetive
Pois eu vou te falar: tenh'outra dama
Feiura terminal não há quem cure

AVISO

Prezado(a) visitante,

Os textos da categoria "CORDEL", à exceção dos comentados, foram transferidos deste para outro blog, voltado exclusivamente para o gênero.

O endereço é o seguinte:

http://universodocordel.blogspot.com/

Grato pela compreensão e prestígio.

Jerson Brito

VALENTE TIMONEIRO

Singra em meio às intempéries, não recua
Rasga a névoa no caminho, calejado
Dorme o Sol, seu companheiro, chega a Lua
Permanece, firme e forte, denodado

Mares negros... Amarguras tem vivido
Sem pudores, corta o vento sua proa
De esperança o coração está tingido
Sempre em busca do sorriso, ele se doa

Sem pesar o desafio, enfrenta tudo
O Divino é proteção, é seu escudo
Sob a cor da negridão e à luz do dia

Persevera, inabalável qual rochedo
Faz da vida um grande filme, lindo enredo
Timoneiro representa a valentia

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A VOZ DO AMOR

Distante dos meus olhos, todavia
Povoas, minha diva, o pensamento
Estás presente nessa fantasia
Que carinhosamente eu alimento

Tu és a causadora desse enleio
Assim, tua presença almejo tanto
De amor o coração se encontra cheio
És bela inspiração do verso e canto

A voz dessa querença me domina
Vislumbro, ao divagar, o teu semblante
Da face angelical doçura mina
O mel dessa pureza é cativante

Da chama inebriante não me esquivo
Conservo em mim sentir deveras vivo

QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR/UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA

Esse mote, muito atual, foi proposto pelo poeta ARISTÓTELES LIMA.
Muito obrigado pela sugestão, amigo!



A nossa sociedade
Lamenta um triste cenário
Traficante sanguinário
Não tem sensibilidade
À criança em tenra idade
Porcaria oferecida
Que depois de consumida
Com certeza vai matar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA

É medida de emergência
Combater a bandidagem
Acabar c'a sacanagem
Dos ladrões da inocência
Senão irá à falência
A família tão querida
Em pedaços, destruída
No mais baixo patamar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA

Nem o pobre estudante
Hoje em dia tem sossego
Na escola mesmo é pego
Pelo cruel meliante
Uma cena preocupante
Fere o peito, é dolorida
Vemos se esvair a vida
E muitos pais a chorar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA

Esse vício dilacera
Corpo, mente, tudo enfim
O que traz sempre é ruim
A plena tristeza gera
Numa angustiante espera
Por uma justa medida
A população perdida
Não cansa de reclamar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA

No laço do entorpecente
O jovem se vê envolto
Muitas vezes não é solto
Pois se torna um dependente
Deste mundo, infelizmente
Não raro faz despedida
Após a luta sofrida
Não consegue se livrar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA

Precisamos deste brado
É um necessário alerta
Queremos ver se desperta
De uma vez o nosso estado
Um povo desesperado
Não aguenta mais a lida
A dura batalha tida
Em tudo quanto é lugar
QUANDO A DROGA ENTRA NO LAR
UM FILHO ESTÁ DE SAÍDA

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SEDENTO

Nestes olhos fulge a chama
Arde em mim forte querença
Este peito meu reclama
Linda flor, tua presença
Tu és puro encantamento
Dessa boca estou sedento

AMOR TOTAL

Por gigantesco meu amor transcende
Quaisquer limites que a razão imponha
Ao infinito dos sentires tende

Esta vereda é plena em luz, risonha
Repleta está de cores e perfumes
Meu coração, em regozijo, sonha

Nesses aromas, nesses lindos lumes
Esvai-se a dor, reside em mim leveza
Estilhaçados, vão daqui negrumes
Pra sempre quero a ti, tenho certeza...

LUXÚRIA

Amantes, um desejo incandescente
Olhares... Avidez inebriante!
Carinhos, plena entrega, beijo ardente
Dois corpos, prazer uno, transbordante
O lume da loucura prepondera
Dos poros verte o mel dessa quimera
Tornando inevitável doce fúria
Sucumbem ao sabor... Bebida rara!
Na fausta lassidão resposta clara
Às vozes dominantes da luxúria

AMOR SELVAGEM

Arranco do teu corpo a vestimenta
Mergulho no prazer dessa loucura
Osculo a minha doce criatura
Retiro o elixir que me alimenta

Sou servo dos caprichos dessa flor
Enleio pleno vindo d'um jardim
Letal, a forte seiva, com vigor
Viaja e toma conta, então, de mim
Ardência, frenesi e sedução
Gravados dentro d'alma e coração
Emergem na carícia e perdição
Mostrando o paraíso inteiro, enfim

LASCÍVIA

Leve-me a um êxtase total
Atice a libido do meu ser
Sorria para mim tão sensual
Carinhos e afagos quero ter
Imploro que lhe deixe possuir
Vislumbro a sedução que está por vir
Inquieto, sinto o peito explodir
Amada, é tão forte esse querer

LOUCO AMOR

Luar por testemunha, almas puras
Osculam-se vorazes e flutuam
Um só anseio une as criaturas
Carnais desejos são suas procuras
Olhando um ao outro se cultuam

Arfantes, enlevados... que avidez!
Mulher e homem lá, entorpecidos
Os corpos desfalecem... languidez!
Raro prazer... e perdem os sentidos

INTENSO QUERER

Galgo as nuvens ao provar do beijo quente
Destes poros verte a chama da loucura
Minha mão, feliz, desliza na escultura
Meu sonhar se fez verdade finalmente

Do teu laço sedutor me fiz clausura
Perdição em que repouso mansamente
Doce fada, nobre estrela reluzente
Neste céu a mais bonita que fulgura

A vereda me apresentas, colorida
Dando a chave do mais lindo paraíso
Tu tingiste o caminhar de amor e luz

Um querer se assenhorou de minha vida
Dominaste inteiramente este juízo
Um sentir imensurável me conduz

MINHA FANTASIA

Tu me convidas ao pecado
A mergulhar nesses olores
Provar dos teus nobres sabores
Para sorrir, inebriado

Sorver o mel desses cantares
Desejo intenso reprimido
Anseia tanto o meu ouvido
Celebrará quando chegares

Guardo sentir forte e sincero
Oh, meu amor, como te quero!
És minha dama luzidia

Puro elixir, delírio raro
Encanto pleno, em ti eu saro
Navego à luz da fantasia

AS CORES DA VIDA

Sobre a cabeça via infame nimbo
Tristeza enorme o coração infesta
Minh'esperança arremessei no limbo
Pensei, chorando: "nada mais me resta"

Vendo em meu peito o tormentoso rombo
A Luz me disse: "tenho uma proposta!
Abre esses olhos, foi somente um tombo
Comigo ruma, no meu ombro encosta"

E, prosseguindo, disse: "oh, caminhante!
É linda a vida, o Sol é tão brilhante
O riso é pleno nesse céu, nas flores"

"Olha ao redor de sua estrada, apenas
Nota, contente, que estampei nas cenas
Motivos mil para seguir... Há cores"

DEUS É INFALÍVEL

As curvas são mistério nessa vida
Por vezes nós sorvemos a fragrância
Das flores a brotar em abundância
A dor noutros momentos é colhida

Tormentos encontramos pela estrada
Espadas nos fustigam sem clemência
A Deus, o Pai, a plena Onipotência
Pedimos que ilumine a caminhada

Imersos em tristeza, fel, apuros
Amparo breve aos passos inseguros
Rogamos, confiantes no Senhor

Não há, temos certeza, vãs esperas
Na luta diuturna contra as feras
Contamos com a mão do Protetor

INQUIETAÇÃO

Menina graciosa, exuberante
Trouxeste pra minh'alma inquietação
Meus olhos num sorriso radiante
Confessam ledo encanto em profusão

Provei da tua seiva entorpecente
Senti, embevecido, o teu sabor
Fizeste habitação na minha mente
Em mim és tatuagem, viva cor

Em mel tu transformaste amargo vinho
De flores enfeitaste meu caminho
Puseste mais aroma em meu viver

És joia linda e rara... Quanto engenho!
Sem ter como ocultar, princesa venho
Do grande sentimento te dizer

NOS BRAÇOS DA PAIXÃO

A névoa da tristeza me cobria
Até que para o pranto tive a cura
Tocado por um anjo com ternura
Em mim vi dissipada essa agonia

Outrora cultivando em fantasia
Momentos recheados de doçura
Deixei de lado toda desventura
Porquanto mergulhei ness'alegria

Nos braços da paixão fui acolhido
Na face estampo o brilho reprimido
O meu ditoso peito comemora

Tu és o meu presente celebrado
Estou a te exaltar, emocionado
Nas letras espalhadas mundo afora

SEDUTORA

Provei do encanto num mergulho incauto
Arrebatado, vi partir meu tino
E doravante o pensamento pauto
No teu olhar de deusa, cristalino

Dessa paixão senti o forte efeito
Qual passarinho, leve ao vento plano
Tens garantido aqui perene preito
És a rainha do meu verso insano

Tez sedutora, lábios de veludo
Trouxeste cor ao caminhar tão triste
O que me invade é mui gostoso, agudo

Celebro a vida, ledo, enternecido
Dentro de mim castelos construíste
Com regozijo ora somente lido

DELIRANTE

Nos sonhos que acalento sempre estás presente
Tu és destas quimeras o maior motivo
Às nuvens esse olhar bonito é conducente
Pensando em ter afagos eu confesso: vivo

Estar nos braços teus desejo a todo instante
Decerto tens a chave do prazer, enlevo
Formosa criatura, mulher fascinante
No peito deste bardo há um sentir longevo

Refém do laço forte sou delírio pleno
Ao ver a joia rara, sorridente aceno
Pedindo um beijo doce cheio de brandura

Dominas o meu ser, cativo tens o trono
Senhora, de minh'alma não sou mais o dono
A mim trazes conforto, és alimento, cura...

REVELAÇÃO

Em segredo te queria
Encerrei no peito um brado
Eras, fada, a fantasia
Deste pobre apaixonado

Por tão forte me afligia
O que estava aqui guardado
Vi, enfim, chegar o dia
Do sentir ser revelado

Este brilho que diz tudo
Percebeste em meu olhar
Coração viste, desnudo

Minha flor, paixão sem regra
Como é bom contigo estar
Teu gostoso enlace alegra

108 ANOS DE FIDALGUIA

Oh, Fluminense, nesta data tão querida
Venho trazer um cumprimento emocionado
Tu fazes parte da rotina em minha vida
És o meu clube mui dileto, sempre amado

Na trajetória lindamente percorrida
Com fidalguia teu caminho tens marcado
A bela imagem de nobreza construída
Brota do esmero nesses anos demonstrado

Apaixonante e sem rival, formoso escudo
Do sentimento confessar não tenho medo
Sinto prazer ao exaltar essa entidade

Fizeste lar no coração, és o meu tudo
Estás em mim... Para ninguém isso é segredo
Por este dia, meu FLUZÃO, felicidade!

TRICOLOR, MEU ELIXIR

O meu jardim é matizado triplamente
Contemplo flores verdes, brancas e grenás
Finas fragrâncias, nobre aroma entorpecente
Meu vício eterno, não te deixo para trás

Essência pura, o respirar que me extasia
Estás na mente, na minh'alma e no meu peito
És Lua, és Sol, a rara estrela luzidia
Nesse alimento mui sublime eu me deleito

Encontro em ti o suprassumo alegrador
A tomar conta do meu ser feito uma chama
Eu vou seguir meu Fluminense aonde for

O coração, quando te vê, pula e reclama
Um brado forte a celebrar: SOU TRICOLOR!
Vibrando, em gozo, por feliz, ele te ama...
FLUMINENSE, AMOR SEM CONDIÇÃO

No dia vinte e um do mês de julho
Surgiste neste mundo, meu amor
Pra ser da minha vida o grande orgulho
No sangue eu sou feliz, sou Tricolor

Nobreza e classe tens desde o nascer
Guerreiro és, contudo... E muito forte!
Tu és meu respirar, o meu viver
Estrela a reluzir dentro do esporte

O manto mais formoso do universo
Entranha e neste peito faz seu lar
Adere ao coração, tomado, imerso...

Ao mundo inteiro, FLU, vou divulgar
Em rima, estrofe, prosa ou branco verso
Por ti, sem condição, irei vibrar
SONETO DA FRATERNIDADE TRICOLOR

Nas vitórias, sorrimos de alegria
Dissabores motivam união
Torcedores, amantes do FLUZÃO
Ladeados na glória e na agonia

Sentimento qu'envolve e contagia
Por tão nobre merece exaltação
As três cores conduzem a paixão
Mui presente no nosso dia-a-dia

Esse escudo, a camisa, nosso amor
São orgulho maior dessa torcida
Que os enverga com tal felicidade

Salve, salve, Família Tricolor
Como é lindo te ver, assim, vestida
Nesse manto de paz, fraternidade
TIME DE GUERREIROS

Nossa torcida pula e canta c'o Fluzão
Aplaude aos gritos, exaltando a valentia
Quando essa tropa pelos campos se anuncia
Declara amor sem por nenhuma condição

Time de garra, faz vibrar a multidão
Campo e plateia na mais linda sintonia
O sentimento, por tão uno, contagia
Por esse escudo, vale a raça, o coração

Aos jogadores, parabéns por essa luta
Ao envergar o nobre manto das três cores
Que traz orgulho, com certeza, à toda massa

Jogando assim, irão vencer qualquer disputa
Podem contar com a paixão dos torcedores
Grandes guerreiros, pelo FLU ninguém mais passa!
WASHINGTON, O MATADOR!

Vou pedir sua licença
Pra falar d'um camarada
Uma estrela tão amada
O baiano de nascença
Cujo berço foi Valença
Também digo pra vocês
Em janeiro, dia três
E sessenta foi o ano
Esse grande ser humano
C'a bola sucesso fez

Da sua biografia
Eu agora dou notícia
Começou pelo Galícia
Um time lá da Bahia
Depois se transferiria
Para o Corinthians Paulista
O craque futebolista
Pelo Mato Grosso andou
No Operário ele jogou
Em Campo Grande um artista

Avante sensacional
Valente goleador
No sul demonstrou valor
Pelo Internacional
Mas o famoso casal
Surgiria em outra praça
Quando o Paraná abraça
O talento do rapaz
No Atlético ele faz
A dupla de rara graça

Fez sucesso com Assis
Brilhou nas Araucárias
As conquistas foram várias
Torcedor ficou feliz
Enfim, o destino quis
Vieram pras Laranjeiras
Duas joias verdadeiras
De um futebol bonito
Centroavante e Benedito
Essas pérolas 'maneiras'

Estampava no uniforme
O nove que assombrava
Vira e mexe ele marcava
Que faro de gol enorme
Tem goleiro que não dorme
Ao lembrar de sua obra
Na qual brilhantismo sobra
Por isso que pra torcida
É figura tão querida
A cerviz Tricolor dobra

No FLU, grande campeão
Foram três estaduais
Em sequência, foi demais!
Além d'um Brasileirão
Teve participação
Com seus gols foi importante
Mais de cem, impressionante!
Obrigado, matador
Decisivo, arrasador
Artilheiro mui marcante

Lembranças desses momentos
Nos adoçam a memória
Sua linda trajetória
Os muitos e belos tentos
Os seus nobres sentimentos
A história d'uma vida
Desperta nessa torcida
A paixão que lhe dedica
Nosso coração explica
Quão intensa é merecida

Sobre o ídolo do esporte
Um mal foi se abater
Nessa luta pra viver
Nosso Washington é forte
Disporá de graça e sorte
Pois sobeja em si vontade
Nossa solidariedade
Para o ídolo que amamos
Com você, junto estamos
Rumo à felicidade


** Homenagem a Washington, aquele do Casal 20 **
AVANTE, GAROTOS!

No clube centenário o treinador
Trocou a experiência pela aposta
De jovens essa equipe está composta
Deu certo, fez sorrir o torcedor

Avante, garotada de valor
Fazendo dessa garra uma proposta
Da entrega demonstrada é que se gosta
Vibramos junto ao time lutador

Qu'estão comprometidos é visível
Vão ser, temos certeza, a redenção
Depois d'uma arrancada muito incrível

Iremos verter pranto de emoção
Será, daqui pra frente, intransponível
A grande fortaleza do FLUZÃO!!!


** Escrito durante a arrancada contra a queda ***
SONETO DA ESPERANÇA TRICOLOR

Nós somos fortes pra encarar essa tormenta
Bravos guerreiros, sem perder a confiança
Árduas batalhas a enfrentar c'a esperança
De reverter o quadro ruim que se apresenta

A nossa raça e coração ninguém aguenta
Vamos manter, sem recuar, perseverança
Pois quem tem fé o paraíso sempre alcança
O torcedor, ao fim de tudo, se contenta

Eu acredito, FLU querido, que consegues
Tu tens vigor pra destilar pelo gramado
Quero te ver calar a boca desses críticos

Dentro de campo tua fibra jamais negues
Estou contigo, sou fiel, meu time amado
Vou exaltar teu uniforme e escudo míticos


** Escrito durante a arrancada contra a queda ***
NÃO LHE DEIXAREI, FLUZÃO!

O sofrimento calejou-me o coração
Meu Tricolor, estou mui triste de verdade
Cada rodada aumenta minha ansiedade
Rebaixamento, assustadora assombração

Eu não aceito essa segunda divisão
Ao menos jogue com total dignidade
Mostre-nos luta e que tem seriedade
Pois desse jeito vai ser muita humilhação

O que acontece doravante a Deus entrego
Ora reclamo, mas estou aqui torcendo
E nessas horas com certeza mais me apego

Por várias vezes, falta sorte, eu estou vendo
Se joga mal, vou criticar, mas nunca nego
O grande amor que lhe declaro e estão lendo
EU SOU MAIS FLU

No meu vocabulário não existe
O termo 'desistência' ou similar
Pois todo Tricolor sempre resiste
Desânimo nenhum vai me parar

É fato que os rivais nos fazem chiste
Adoram a torcida achincalhar
Aguento tudo em pé, embora triste
Ao lado do FLUZÃO é o meu lugar

Se d'outro time eu fosse torcedor
Cansado já de tanto sofrimento
Teria abandonado seu escudo

Porém, tem fidalguia o meu amor
É grande, tão fiel, sem fingimento
Eu brado para o mundo: "O FLU É TUDO!"
PARABÉNS, FLUZÃO!!!

Eterno Amor, já és um ancião
São cento e sete anos de batente
Proporcionaste choro e empolgação
Mas nunca vais sair d'alma da gente

Tu és clube de enorme tradição
No meio esportivo és imponente
Tua vida é a mais bela redação
Que posso escrever... sou tão "doente"!

Vou te cantar em prosa e poesia
Estando a fase boa ou ruim
Não posso retirar isso de mim

Que eu vou te deixar, há quem o pense
Porém, isso jamais, meu FLUMINENSE
Sinceros PARABÉNS PELO TEU DIA!!!

** 21/07/2009 **
NASCE O GIGANTE...

No vinte e um de julho memorável
O século vigésimo raiava
Oscar teve a ideia formidável
E o Amor Eterno, então, criava

Nascia ali um clube respeitável
De roupa alvi-cinza desfilava
Aquele escrete bom era notável
Sucesso foi por onde ele jogava

Gigante começou para jamais
Sequer em um momento da história
Ficar menor perante os rivais

De cara, ganhou quatro estaduais
Assim teve início a trajetória
Pra frente o FLU faria muito mais
Eu nasci e fui criado
No meio duma floresta
Mata linda como esta
Vou dizer, leitor amado
Venha visitar, prezado
Que não vai se arrepender
É coisa boa de ver
Fascina, causa hipnose
Com certeza uma overdose
De raro e intenso prazer

Rios que vejo correr
Todo meu Norte cortando
As canoas vão singrando
Antes do amanhecer
Seus leitos a percorrer
Pura representação
De uma circulação
No corpo dum ser vivente
O líquido, minha gente
Que bombeia o coração

Em toda feliz nação
Há de ter esse elemento
Sem ela, é um tormento
Muito pranto e aflição
Destarte na região
Em que tenho moradia
Procuro no dia-a-dia
Desde minha tenra infância
Evitar beligerância
Ter a vida bem sadia

Enquanto eu escrevia
Imaginei o final
Desses versos, pessoal
Pois, amigos, só queria
Exaltar em poesia
Maravilhosas três cores
Que encantam, são amores
Mata, sangue e branca paz
Tudo isso junto faz
Alegres os tricolores
HOMENAGEM AOS MAIORES ARTILHEIROS DO FLU

Vou pedir sua licença
Para um pouco falar
D'uns avantes de presença
Que no FLU vimos brilhar
No ranking dos gols marcados
Dez melhores colocados
Eu vou homenagear

Eu vou começar o preito
Com o maior artilheiro
Que fez gol de todo jeito
Nisso era bem arteiro
O Valdo não foi um craque
Mas teve o maior destaque
Com a nove foi o primeiro

Depois vem Pingo de Ouro
Nosso querido Orlando
Esse cara era um estouro
Na lista está figurando
Como vice no geral
Uma marca bem legal
Acabou ele alcançando

E agora entra na dança
Um ponta um tanto franzino
Telê, Fio de Esperança
Confundiu o seu destino
Com o do próprio Fluminense
À nossa história pertence
Pro gol tinha faro fino

O quarto lugar do rol
No nome já era forte
Desfilou seu futebol
Hércules, pra nossa sorte
Nesse Tricolor Amado
Zagueiro do outro lado
Preferia até a morte

Um gringo vem a seguir
Quase um gol por partida
Que média foi conseguir
Que bela missão cumprida
Welfare não perdoava
Se bobeasse guardava
Isso era sua vida

Uma centena e meia
De tentos ele anotou
Chute fraco ou "na veia"
Importa é que a bola entrou
Esse aí Russo se chama
No FLU ele teve fama
Por ter feito muito gol

Este é versatilidade
Filho do grande escritor
De várias modalidades
Ele foi competidor
Na sua ficha completa
Um polivalente atleta
Preguinho goleador

Washington foi animal
Compôs o time do Tri
Com Assis formou casal
Melhor dupla inda não vi
Sua marca não foi pequena
Ele fez mais de centena
Disso aí nunca esqueci

Este aqui era cruel
Matador, vi em ação
Compriu bem o seu papel
Junto à massa do Fluzão
Vale fazer o registro
Super-Ézio foi "sinistro"
Eu lembro com emoção

Pra fechar o "Top Ten"
Que são onze, na verdade
Na frente se deram bem
Pois tinham capacidade
Escurinho e Magnata
Na bola eram a nata
Outros tempos, que saudade!
HOMENAGEM AOS GOLEIROS DO FLU

Não era uma geringonça
O escrete por qual jogava
O fino Marcos Mendonça
Elegância que encantava

Da estirpe desses arqueiros
De alta classe, magistrais
Pra festa dos brasileiros
Também nasceu Batatais

Castilho era “de morte”
Nosso Ás, deu alegria
Jamais vista igual sorte
Por isso era o "Leiteria"

Veludo tão excelente
Goleiro fenomenal
Por acaso foi suplente
De Castilho, o maioral

Dentre os vários atletas
Que aqui estou citando
Há de ter o guarda-meta
Félix Mieli Venerando

Derradeiro da linhagem
Fez a Nação orgulhosa
E merece a homenagem
O Paulo Victor Barbosa

Dois decênios se passaram
De lá pra cá não surgiram
Donos da 1 que honraram
A camisa que vestiram
No Rio eu já fui no Cristo
Visitei Copacabana
No Leblon também fui visto
Ipanema é bacana
Mergulhei no mar da Barra
No Recreio eu fiz farra
Lá passei mais de semana

Passeei pela Marina
Pão de Açúcar subi
Paisagem que fascina
Do bondinho então eu vi
Caminhei pelo Aterro
Quer agito, não tem erro
Seu destino é ali

A cidade é maravilhosa
Perfeito seu 'apelido'
No mundo todo é famosa
Fez jus ao que tenho lido
Porém a maior beleza
De lá com toda certeza
Tem um certo colorido

Eu falo, caro leitor
Da festa proporcionada
Pela Nação Tricolor
Lotando a arquibancada
Do imenso Maracanã
E quem já viu ficou fã
Não dá pra ser comparada

Nelson Rodrigues já disse
Nós não temos quantidade
É como se antevisse
A nossa enormidade
Se não dispõe da maior
O FLU possui a melhor
Torcida dessa cidade
SONETO DA FIDELIDADE (AO FLUMINENSE)

Fluminense, minha grande paixão
Estão gravadas aqui na retina
As três lindas cores do teu brasão
Imagem perfeita que me fascina

Certamente não teria sentido
A jornada deste teu torcedor
Caso nunca tivesses existido
Para quem dedicaria esse amor?

Se por tua causa tenho sofrido
O sentimento não é diminuído
Tu moras dentro do meu coração

Quando te vejo deste peito mina
Aos borbotões loucura que domina
Quanto prazer te assistir, Fluzão!