sábado, 6 de março de 2010

DILACERANTE

Rompe as raias da razão
Rasga o manto da prudência
Furta a minha consciência
Oh, fada da perdição!

Retira, completo, o tino
Impedindo qu'eu reflita
A loucura em mim milita
Sensatez ora abomino

Perverte com brevidade
Meu juízo vacilante
Rouba-me a serenidade

Tenho um'alma delirante
Em plena saciedade
Seu sumo é dilacerante

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Publicado no Recanto das Letras em 02/03/2010
http://recantodasletras.uol.com.br/sonetos/2115546