terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SOZINHO

A noite é só tristeza, gelidez
D'olhos cerrados penso em meu jardim
Na rosa outrora leda há lividez
Esvai-se das quimeras o carmim


Imane, a solidão fustiga, atroz
Saudade, sorrateira, ao peito vem
Choroso, posso ouvir a tua voz
Sussurro aveludado, amor, meu bem


Conquanto aquele adeus me seja amargo
Alenta-me o "talvez" no riso largo
Impresso em teu olhar quando partiste


As gotas verdadeiras deste pranto
Exalam esperança e, por enquanto
A chama dum sentir nobre resiste

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