sexta-feira, 25 de setembro de 2009

APOLOGIA AO POETA-ESCULTOR

Na gênese de toda criação
A verve do poeta em bruto estado
A pedra com contorno a ser moldado
Espera do escritor lapidação

Os versos vão surgindo qual canção
Destreza do seu estro abençoado
Imagem no papel, texto acabado
Exprime seu sentir, seu coração

Dotado d'um amor e de talento
Constrói a estrofe, tem desenvoltura
Poema pronto, seu contentamento

Consegue na tristeza pôr doçura
Relata com leveza um sofrimento
Transforma poesia em escultura
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Publicado no Recanto das Letras em 20/09/2009

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